Antes de adentrarmos no mistério da Verdadeira Libertação, necessário se faz compreender a estrutura oculta do Ser Humano. Não falamos aqui do homem mecânico, o humanoide inconsciente de sua Natureza Divina, mas do humano potencial que é o SER HUMANO REAL, aquele que pode, mediante a gnose operativa e a disciplina espiritual, reconquistar sua Essência Primordial e reintegrar-se à Divina Presença EU SOU. O Ser Humano, como nos ensinam os Grandes Mestres, possui sete corpos maravilhosos, mas por agora nos deteremos nos quatro corpos inferiores: o físico, o vital, o astral e o mental. Estes são chamados de "quatro corpos do pecado" justamente porque neles está instalada a legião dos "múltiplos eus" psicológicos que compõem a personalidade ilusória, aqueles agregados psíquicos que nos afastam da Realidade Una e nos mantêm escravizados ao ciclo de nascimento e morte. A tradição gnóstica nos ensina que o ego é uma multiplicidade e não uma unidade. Dentro de nosso mundo psicológico habitam milhares de "eus", cada um deles dominado por uma paixão, um desejo, um medo, uma fraqueza. A própria Bíblia nos revela essa verdade quando fala dos "sete pecados capitais", que são as cabeças de legião da nossa animalidade interior. Os antigos Keméticos (egípcios) os denominavam "demônios vermelhos de Seth", enquanto os budistas os reconheciam como "agregados psíquicos".
O Corpo Físico, templo temporário da alma, é governado por leis biomecânicas e sujeito à entropia. Sem a Energia Vital, tornar-se-ía um cadáver inerte. Este corpo, quando consagrado ao Caminho, pode ser transformado no "Corpo de Ouro", resistente à corrupção do tempo.
O Corpo Vital, matriz etérica do corpo físico, é a sede da energia, do prana, do chi (EU SOU). Quando equilibrado, ele nutre a saúde e fortalece a força vital; quando corrompido, torna-se canal para a dissolução do ser na indolência e na lascívia.
O Corpo Astral é o veículo das emoções e dos sonhos. Aquele que domina o astral domina o universo da fantasia e da forma. Porém, este corpo também é a morada das paixões inferiores, dos desejos desgovernados e das ilusões que obscurecem a Consciência.
O Corpo Mental é a forja do pensamento e o domínio da razão. Todavia, o pensamento, quando dominado pelos multiplos egos (demonios de si), torna-se o principal instrumento da mentira interior, da autojustificação e da mecanicidade do "eu".
Yeshua Ha'Mashiach, o Cristo Vivo, revelou aos puros de coração que o Reino dos Céus está dentro de nós. Mas como pode o Reino manifestar-se em uma psique fragmentada, onde uma legião de eus luta entre si, dilacerando a Unidade? A Gnose nos ensina que o Caminho da Verdadeira Vida passa pela dissolução da personalidade ilusória, pelo renascimento do Ser Verdadeiro e pela edificação do Corpo de Luz. A Consciência, aprisionada nos agregados psíquicos, precisa ser liberada. Para isso, o Buscador e a Buscadora da Verdade deve trilhar os três Pilares da Iniciação: Morte, Renascimento e Sacrifício pela Humanidade. A Morte é a dissolução dos "eus" no controle da personalidade que nos mantêm acorrentados à dor e ao sofrimento. O Renascimento é a edificação do Humano Solar, aquele que reúne em si o Fogo do Pai e a Graça da Mãe Divina. O Sacrifício é a entrega ao Bem Maior, ao Amor Incondicional, ao Serviço ao Próximo. A Divina Presença EU SOU, latente em cada ser, clama por manifestação. Mas enquanto o ego for o senhor do templo, a Voz do Silêncio não poderá ser ouvida. Aquele que se propõe a dissolver-se e a render-se ao Mashiach íntimo, esse conhecerá a Verdadeira Luz. Portanto, nobre Buscador e Buscadora, que este chamado ressoe em vossos corações. O Caminho é estreito, e poucos o encontram. Mas aqueles que se dedicam com sinceridade, disciplina e amor, esses verão a Face de Deus refletida em seus próprios espíritos. Que a Luz do Mashiach Interior vos guie e vos fortaleça no Caminho da Libertação!

Nos recantos mais ocultos da sabedoria ancestral, guardam-se os segredos da constituição do ser humano. O homem e a mulher terrenos, na ilusão dos sentidos, acreditam ser apenas carne e osso, produtos de um ciclo biológico que se inicia no nascimento e se encerra na morte. Contudo, os olhos do Iniciado, que foram ungidos pelo santo crisma da gnose divina, contemplam realidades muito mais vastas, compreendendo que o ser humano é um templo vivo, formado por diferentes estratos de manifestação. A Tradição Primordial, mantida pelos antigos keméticos (egípcios), vedas hindus, magos caldeus e pelos ensinamentos esotéricos do Mestre Yeshua Ha'Meshiach, nos revela que o ser humano é composto por quatro corpos fundamentais, através dos quais a Essência busca sua emancipação da roda do Samsara. Estes corpos são: o Corpo Físico, o Corpo Vital, o Corpo Astral e o Corpo Mental.
O Corpo Físico: O Templo da Ação
O Corpo Físico é a expressão mais densa e material da Alma encarnada. Ele é o invólucro transitório pelo qual a Essência experiencia a existência no mundo tríplice da matéria. Como um templo, deve ser mantido puro, equilibrado e harmonizado, pois dentro dele reside a centelha do Ser. As antigas ciências médicas compreendiam que a saúde do corpo dependia do alinhamento correto dos centros de energia e da purificação dos elementos que o constituem.
A efemeridade deste corpo, sujeito ao ciclo da vida e da morte, não deve ser vista como uma tragédia, mas sim como uma oportunidade de aprendizado. Cada existência física é uma jornada de aperfeiçoamento, e cabe ao ser humano compreender que a matéria, embora transitória, é um reflexo das dimensões superiores da consciência.
O Corpo Vital: O Elo da Energia e do Tempo
Oculto à percepção ordinária, o Corpo Vital é a matriz energética que sustenta a estrutura física. Ele é conhecido como o lingan sarira pelos yogues hindus e como corpo etérico pelos alquimistas do ocidente. Sem ele, o corpo físico seria inerte e sem vida. Sua função primordial é distribuir a energia vital (prana) para os órgãos e sistemas biológicos. Este corpo também está sujeito às influências dos estados emocionais e mentais. Emoções negativas e pensamentos destrutivos corroem sua estrutura, levando ao adoecimento do corpo físico. Por isso, a prática de meditação, mantras sagrados e respiração consciente fortalece o Corpo Vital e harmoniza sua conexão com os planos superiores.
O Corpo Astral: O Veículo da Consciência no Mundo dos Sonhos
O Corpo Astral é a chave para os mistérios do mundo invisível. Ele permite que o ser humano transcenda as limitações do corpo físico e viaje pelos domínios astrais. É nele que ocorrem os sonhos, as experiências fora do corpo e os contatos com entidades espirituais. Ligado ao corpo físico pelo cordão de prata, também chamado de Antakarana, o Corpo Astral é imortal, sendo o invólucro pelo qual o ser humano transita entre uma existência e outra. Mestres gnósticos ensinam que aquele que domina conscientemente o Corpo Astral pode acessar os registros akáshicos, comunicar-se com os Mestres da Grande Fraternidade Superior e percorrer os mundos internos da Criação. No entanto, este corpo também pode ser enredado pelas amarras do ego. Os 'eus psicológicos', que representam os diversos desejos, apegos e paixões humanas, se infiltram no Corpo Astral, obscurecendo sua pureza. O trabalho interno de purificação e o despertar da consciência são necessários para libertar a Essência das correntes da ilusão.
O Corpo Mental: O Palácio dos Pensamentos
O Corpo Mental é o veículo da razão e do discernimento. No entanto, ele é também o campo de batalha entre a consciência e os 'eus'. A mente humana, quando controlada pelo ego, torna-se um labirinto de ilusões, desejos e preconcepções. Quando purificada, torna-se um espelho cristalino que reflete a Luz do Ser. Os grandes Mestres, como Yeshua, ensinam que a chave para a libertação mental reside no Silêncio Interior. A mente serena, livre dos ruídos da dualidade, torna-se um canal direto para a Sabedoria Divina. O verdadeiro Pensador não é aquele que se perde em palavras e raciocínios, mas aquele que ouve a Voz do Silêncio e compreende a linguagem do Céu.
A Essência e a Grande Obra
Dentro destes quatro corpos, a Essência Divina ( EU SOU) se encontra aprisionada. Como um prisioneiro em uma fortaleza de cristal e ferro, a Alma busca sua libertação. Os 'eus', que são fragmentos do ego, engarrafam essa Essência e impedem sua plena manifestação. A Grande Obra do Buscador e da Buscadora da Verdade é a alquimia interna que dissolve os 'eus' e libera a Essência. Esta jornada, simbolizada pelos antigos rituais iniciáticos, é a auténtica revolução do Ser. Que aquele que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir compreenda e desperte. O Caminho está diante de nós. EU SOU o que EU SOU.
A Essência, a Consciência ou a Alma, é a centelha sagrada que habita em cada ser, um fragmento da Luz Primordial, uma expressão viva da Divina Presença EU SOU. Desde os primórdios da existência, essa Essência viaja pelos mundos manifestados, imersa nas muitas experiências que o fluxo da Criação lhe oferece, aprendendo, crescendo e se refinando.
No Oriente, esta Essência é conhecida como Budhata, a pura possibilidade de Iluminação latente em cada ser humano. Nos ensinamentos Khristicos de Yeshua Ha’Mashiach, esta mesma Essência é identificada como o Reino dos Céus dentro de nós EU SOU, a Chama Viva do Princípio Ativo que arde no interior do nosso ser, esperando ser reconhecida e despertada.
Desde o nascimento, a Essência manifesta-se livre, pura e radiante. Na inocência de uma criança, podemos vislumbrar a Presença de Deus de forma cristalina. Seu olhar brilha com a luz do Ser, suas ações são espontâneas e livres dos condicionamentos do ego. Mas com o passar dos anos, essa Essência vai sendo recoberta por camadas de defeitos psicológicos, agregados e sombras que obscurecem sua radiação divina. Esses defeitos, que os ensinamentos gnósticos chamam de "eus psicológicos", são fragmentos de nossa consciência aprisionada em ilusões, medos, desejos desordenados e traumas de existências passadas. Cada um desses "eus" é um pequeno tirano interno, que afasta a Essência da sua expressão natural. Yeshua, ao afirmar que “se não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus”, revelava essa profunda verdade oculta: o retorno à pureza original da Essência é a chave para a ascensão espiritual.
Diferente dos corpos e dos aspectos perecíveis da personalidade, a Essência é imortal. Ela sobrevive às sucessivas encarnações, carregando em si os registros da experiência adquirida. Entretanto, sua prisão no labirinto do ego a impede de despertar plenamente. A verdadeira iniciação é o processo de libertar essa Essência do cativeiro interior, permitindo que o Ser Divino que habita em nós resplandeça sem obstrução. Nos Mistérios gnósticos e alquímicos, este processo é simbolizado pela Grande Obra, na qual o chumbo da personalidade egóica é transmutado no ouro do Espírito. A Essência deve atravessar o fogo da provação e da purificação para renascer como um Ser Auténtico, um Mashiach Vivo.
O primeiro passo no caminho do despertar é a Recordação de Si. O ser humano comumente vive como um autômato, perdido em sonhos, devaneios e mecanicidades. Recordar-se é trazer a Consciência para o presente, romper com a hipnose do mundo fenomênico e reconhecer a presença do EU SOU dentro de si. A prática da Auto-observação é fundamental nesse processo. Observar os pensamentos, emoções e impulsos mecânicos permite identificar os "eus" que mantêm a Essência em cativeiro. Cada defeito descoberto e compreendido perde sua força sobre nós, permitindo que a luz da Consciência brilhe com mais intensidade.
O segundo passo é a Morte Psicológica. Assim como Yeshua ensinou que “aquele que quiser salvar sua vida a perderá, e aquele que perder sua vida por amor a mim, a encontrará”, significando que nós devemos morrer para os condicionamentos do ego para que possamos renascer como Seres Autênticos. Por fim, o terceiro passo é o Sacrifício Consciente. O verdadeiro iniciado não busca apenas sua própria iluminação, mas dedica-se ao serviço da humanidade, espalhando a Luz e a Verdade aos que ainda dormem. Como o Mashiach, aquele que desperta deve ser uma lâmpada que guia os demais para fora da escuridão.
Ó Tu que buscas a Verdade, escuta o chamado de tua própria Essência! Ela clama pela tua atenção, pela tua dedicação ao caminho do despertar. Abandona as ilusões que te aprisionam, dissolve os falsos "eus" que obscurecem tua Luz. Permite que o Mashiach Íntimo, o Filho da Luz dentro de ti, resplandeça sem limitação. A Essência, como chama divina, deseja fundir-se novamente com sua Origem. O caminho é interior, e a chave está em tuas mãos. Que possas recordar-te, trabalhar e renascer, para que um dia possas proclamar com toda verdade e plenitude: EU SOU O QUE EU SOU.
Na senda luminosa do conhecimento gnóstico, onde a luz do Logos resplandece e a voz do Mestre Interior ecoa nos recônditos do Ser, é imprescindível compreendermos a natureza do ego e a ciência sagrada da libertação da Essência Divina. O Mestre Yeshua Ha'Mashiach, portador do verbo redentor, ensinou que "se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-Me" (Mateus 16:24). Essa renúncia não é outra senão a aniquilação do ego, da miríade de eus que compõem a estrutura psicológica decadente da humanidade. O ego, essa entidade pluralizada e inumana, é o conglomerado de defeitos psicológicos que habitam o microcosmo do ser humano. Ele não é um ente unitário, mas uma legião de eus, cada qual lutando por supremacia, governando a máquina humana com impulsos mecânicos e reacionários. Yeshua, ao expulsar "os demônios" do endemoniado gadareno, revela o mistério da multipersonalidade do ego: "Meu nome é Legião, porque somos muitos" (Marcos 5:9). Esses eus são o lastro de nossos desejos, temores, angústias e apegos, obscurecendo a visão da Alma e impedindo o despertar da Consciência. O ego é a matriz da mecanicidade humana. Suas expressões se manifestam nos condicionamentos da personalidade, nos impulsos reativos e na ilusiória sensação de individualidade. "Somos fantoches de fios invisíveis", dizia Samael Aun Weor, referindo-se à natureza automatizada do ser humano, governado pelos eus que assumem o controle do navio da vida, jogando-o contra os rochedos das dores kârmicas.
Quando a Essência, a Centelha Divina, encarna em um novo corpo físico, o ego reincorpora-se a ele, perpetuando o ciclo de sofrimento e inconsciência. Tal é a roda do Samsara, onde os agregados psicológicos transitam pela quinta dimensão até reencontrarem sua vítima: a própria Alma cativa.
A senda da libertação exige a dissolução radical do ego. Esse processo, conhecido como "morte psicológica", é a chave para a restauração da consciência adormecida. Ao longo das existências sucessivas, a Essência livre foi aprisionada nos agregados psíquicos infra-humanos, restando-nos apenas cerca de três por cento de Consciência desperta. Essa centelha é o que confere pureza aos recém-nascidos, que ainda não foram tomados pelos eus. Mas, com o passar dos anos, a mecanicidade da vida os absorve, e o ego assume o comando. Dissolver o ego significa restituir à Alma sua soberania perdida. É o trabalho mais digno e essencial da vida, pois é a chave da Redenção. Sem a morte dos eus, o caminho da Iluminação é inacessível. Como dizia Yeshua: "Deveis nascer de novo" (João 3:7). Esse nascimento não é físico, mas espiritual, e requer a dissolução completa dos elementos psíquicos inferiores. O ser humano, em sua estrutura multidimensional, é formado por diversos corpos ou veículos. O corpo físico é apenas a expressão mais densa dessa organização, servindo de recipiente para manifestação da Alma e do Ego. Os corpos etérico, astral e mental constituem sua existência nas dimensões sutis. No entanto, sem uma consciência desperta e purificada, esses veículos estão corrompidos, servindo ao ego em sua jornada kârmica. A Essência, a partícula do Ser, emana das dimensões superiores do cosmos, da morada do Pai-Mãe, da Galáxia e das esferas celestes. Ela é o que temos de divino, mas encontra-se adormecida e encarnada na densidade da Matéria. Despertá-la é o chamado da Grande Obra.
Para dissipar as trevas do ego, a meditação é a ferramenta primordial. Por meio da auto-observação e da análise profunda, descortinamos os impulsos egoicos em plena ação dentro de nós. Esse trabalho de auto-reconhecimento conduz às três etapas da Alquimia Espiritual:
Nigredo (Calcinatio) - A dissolução do ego, onde a matéria impura é reduzida a cinzas.
Albedo (Purificatio) - A purificação da Essência, libertando-a dos elementos indesejáveis.
Rubedo (Iluminação) - A ascensão da Consciência, tornando-se uno com o Logos Divino.
Por meio da meditação profunda, aprendemos a silenciar os eus e a escutar a Voz do Silêncio. A cada ego eliminado, recuperamos um fragmento da Consciência aprisionada.
O objetivo supremo da senda gnóstica é a restauração integral do Ser. O EU SOU, a Presença Divina que habita nos planos superiores, aguarda que a Alma retorne ao seu seio com consciência plena. Mas essa jornada requer sacrifício, dedicação e uma inabalável vontade de ser livre. Que todo Buscador e Buscadora da Verdade compreenda que o caminho é interno e que o grande inimigo não está fora, mas dentro. "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses", dizia o Oráculo de Delfos. Que a Luz do Mashiac Íntimo brilhe em vossos corações e que o Fogo do Pai vos consuma em Amor e Verdade!
A morte é, sem dúvida, um dos mais profundos mistérios que permeiam a jornada humana. Desde tempos imemoriais, os buscadores da Verdade se debruçam sobre este fenômeno, tentando compreender sua real natureza e significado. Na Gnose, a morte assume três aspectos distintos: a morte física, a morte psicológica (ou mística) e a morte segunda. Para os propósitos desta análise, deter-nos-emos apenas no primeiro aspecto: a morte física.
Na vasta ciência esotérica, a morte é vista como uma equação onde ocorre uma subtração de elementos. O que resta após essa operação são os valores: os egos, sejam eles bons ou maus, úteis ou inúteis, luminosos ou sombrios. Quando o corpo físico exaure sua energia vital, é chegado o momento da separação definitiva entre as diferentes estruturas do ser. O Anjo da Morte, um Ser de sabedoria e compaixão, é o encarregado de cortar o chamado Cordão de Prata, a ponte energética entre o corpo físico e os corpos sutis. Esse corte finaliza a jornada material do ser, levando a Consciência a outros planos de existência. O corpo físico e o corpo vital se deterioram rapidamente, enquanto a Personalidade, composta de matéria sutil, pode persistir por algum tempo, conforme sua intensidade vibratória. Por isso, a história humana é nada mais nem nada mesno que o sustento vivo das muitas personalidades de indivíduos que fizeram grandes feitos, sejam eles maus ou bons. Contudo, aquilo que é imortal é a Essência, o verdadeiro Ser, que pode estar presa nos elementos egóicos ou libertar-se para ascender aos planos superiores.
O corpo vital, também conhecido como lingan sarire nos Vedas, é um campo eletromagnético que sustenta a vida orgânica. Após a morte, ele se dissolve junto com o corpo físico, só que muito mais lento, mas, em algumas circunstâncias, clarividentes podem perceber sua manifestação como vultos azulados flutuando sobre túmulos ou suas casas. A personalidade humana, constituída ao longo da vida terrena, também é perecível. Ela é a expressão daquilo que o homem acreditava ser em vida, mas carece de vida própria após a morte. Por um período, pode continuar vagando em seus hábitos mecânicos, frequentando os mesmos lugares e repetindo padrões comportamentais. Com o tempo, contudo, dissolve-se e desaparece, se essa personalidade não se eternizou na história, virando uma egrégora que se sustenta e se alimenta das energias de crenças (admiração ou repulsão) das pessoas que a guardam ou mantém em suas memórias e corações. Esse fenômeno explica por que algumas culturas evitam mencionar o nome dos mortos e se desfazem de seus pertences, pois a personalidade remanescente pode atrair larvas astrais e energias nocivas. A cremação do corpo, nesses casos, reduz significativamente tais ocorrências.
Se a morte fosse o fim absoluto, a busca pela Verdade seria vã. No entanto, a Gnose ensina que a Essência, aquilo que há de mais puro e divino no ser, não está sujeita à dissolução. Ela é a centelha da Divindade dentro de cada ser humano, imortal e eterna, independentemente do ciclo de vidas e mortes. A Essência pura, livre dos agregados psíquicos, ascende aos mundos superiores, enquanto a Essência engarrafada nos egos desce aos planos inferiores ou retorna a um novo ciclo de experiências. Esta é a chave da transmigração das almas: quem morre não é o Ser, mas os véus que o cobrem. A morte é um portal, não um fim. Ela nos desafia a viver com consciência, a morrer psicologicamente em vida, dissolvendo nossos egos para que possamos ascender espiritualmente. Aquele que busca a Verdade deve preparar-se para morrer antes da morte, permitindo que sua Consciência desperte e sua Essência brilhe com a força da Divina Presença EU SOU. Esta é a verdadeira imortalidade: a permanência consciente no seio do Absoluto, onde não há morte, mas apenas o Ser, o Eterno e a Verdade.
A Essência, essa centelha divina aprisionada nas muralhas do ego, encontra-se, em sua maioria, adormecida e cativa, reduzida a meros três por cento de liberdade espiritual. O restante jaz subjugado pelas sombras da ilusão e do desejo, imerso nas espirais do retorno compulsório, no ciclo incessante das existências mecânicas. O que nos aguarda, então, após a morte do corpo físico? A resposta é tão complexa quanto a própria estrutura da Criação. As almas adormecidas, formadas pela somatória dos egos, não ascendem ao Reino dos Céus, pois este é reservado apenas àqueles que trilharam o Caminho da Consciência Desperta. Tampouco se dissolvem no Absoluto, pois não alcançaram a Auto-Realização do Ser. Elas descem aos domínios do Limbo, o Primeiro Círculo Dantesco, conhecido na sabedoria esotérica como o Orco dos clássicos. Esta é a região do sono e do esquecimento, onde a Essência engarrafada aguarda, ignorante de seu destino, o momento de um novo retorno ao mundo tridimensional. O Retorno não deve ser confundido com a autêntica Reencarnação. Apenas os seres de Consciência desperta possuem o mérito de escolher, conscientemente, as condições de seu renascimento, os pais, a cultura, o tempo e o espaço que melhor favoreçam sua Grande Obra. Estes se movem ativamente na quinta dimensão, exercendo sua Vontade Superior e, ao regressarem à existência material, fazem-no com plena recordação de seu passado e missão espiritual.
Para o homem e mulher comum, entretanto, o retorno se impõe como um decreto inapelável dos Senhores do Karma, os Agentes da Grande Lei. Sem consciência do que foi, do que é e do que será, ele simplesmente volta à roda das encarnações, carregando em si os resquícios dos dramas, comédias e tragédias de suas existências pregressas. Seus desejos, medos e vícios, nutridos por vidas incontáveis, o arrastam como um fardo invisível, conduzindo-o a cenários e circunstâncias semelhantes às de seu passado, até que a lição seja finalmente aprendida. Dessa forma, enquanto os despertos se reencarnam em função de um Propósito Divino, os adormecidos apenas retornam, repetindo mecanicamente os ciclos kármicos que os acorrentam ao Samsara. Mas há esperança, pois a Essência, por mais aprisionada que esteja, carrega em si a chama do EU SOU, a fagulha da Divina Presença. O despertar é possível, e é para este despertar que os Grandes Mestres e Avatares desceram ao mundo, trazendo consigo os ensinamentos que conduzem à libertação.
O Mestre Yeshua Ha’Mashiach, em sua infinita sabedoria, nos advertiu: "Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará." Mas a Verdade não é meramente intelectual, nem se alcança pela crença cega. Ela é experiencial, fruto da revolução da Consciência e da transmutacão dos elementos inferiores da psique. Para libertar-se, a Essência deve despojar-se do ego, dissolver seus agregados psíquicos, reabsorver sua energia dispersa e restaurar sua plenitude original.
O caminho para a Consciência Desperta requer três pilares fundamentais:
Morte Psicológica – a eliminação progressiva dos defeitos e condicionamentos que escravizam a alma, dissolvendo os agregados psíquicos que perpetuam o ciclo do sofrimento.
Nascimento Espiritual – a criação dos corpos solares, o desenvolvimento da Alma e do Veículo Khristico, possibilitando a comunhão direta com as Hierarquias Celestes.
Sacrifício pela Humanidade – o amor ativo e incondicional, expressado no serviço altruísta, como meio de transcender o egoísmo e acelerar a Alquimia da Transformação.
Esses três pilares formam a base da Grande Obra, o trabalho que nos conduz à Imortalidade Consciente. Quando um homem e uma mulher se torna inteiramente desperto e desperta, ele rompe os grilhões do Retorno e alcança a verdadeira Reencarnação, movendo-se livremente entre os mundos e dimensões, guiado apenas pela Vontade do Pai-Mãe Interno. Que a Divina Presença EU SOU ilumine cada Buscador e Buscadora da Verdade para que, pela Ação Consciente e pelo Fogo do Espírito, possamos superar o sono da inconsciência e retornar, vitoriosos, ao seio do Eterno! EU SOU O QUE EU SOU. No Santo e Sagrado nome de Yeshua Ha'Meshiach. Amen!
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