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TRATADO GNÓSTICO 014: A Redenção da Alma e o Caminho da Libertação dos Vícios segundo a Gnosis de Yeshua Ha'Meshiach

Foto do escritor: Jp SantsilJp Santsil

Desde os tempos mais remotos, os grandes mestres espirituais anunciaram a chegada de uma nova era, um tempo de transição e renovação espiritual para a humanidade. Em 04 de fevereiro de 1962, os portais celestes se abriram para que a Era de Aquário pudesse se estabelecer definitivamente, trazendo consigo profundas influências energéticas e transformadoras. Esta época, marcada pela regência de Urano e Saturno, ecoa a dualidade de uma revolução radical e, ao mesmo tempo, o retorno ao ponto primordial de nossa existência. O homem e a mulher, agora, encontram-se diante de duas vias: o Caminho da Luz ou o Abismo da Ilusão. A sabedoria gnóstica nos ensina que todas as eras possuem seus mistérios ocultos e seus desafios espirituais. Assim como na Era de Peixes, em que o Mashiach encarnado, Yeshua Ha'Meshiach, veio trazer a Boa Nova da Redenção, a Era de Aquário surge como uma nova oportunidade para a humanidade transmutar sua consciência e despertar para a Divina Presença EU SOU. Contudo, a Lei das Oposições permeia toda a Criação e, por isso, essa nova onda também traz consigo desafios e armadilhas para aqueles que ainda não discernem a luz da sombra.


A chegada de Aquário trouxe consigo aquilo que os antigos chamaram de "onda dionisíaca", uma energia libertadora e revolucionária que impactou especialmente a consciência humana em relação à sexualidade. Urano, o grande regente dessa era, influencia diretamente as glândulas sexuais, liberando um potencial imenso para a magia sexual e para a sublimação do amor. No entanto, assim como todas as potências divinas, essa energia pode ser canalizada tanto para a ascensão quanto para a decadência. No polo positivo, a magia sexual passou a ser ensinada abertamente, permitindo que aqueles que buscavam a senda do verdadeiro amor pudessem experimentar o êxito da unificação divina. Como nos ensinam os antigos mistérios, o sexo, quando sagrado, é o canal através do qual o homem e a mulher se tornam uno com a Fonte. O próprio Mashiach disse: "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles" (Mateus 18:20), e essa reunificação do masculino e do feminino na harmonia do Amor Divino é uma das mais profundas chaves gnósticas.


Por outro lado, no polo negativo dessa energia, o abuso do sexo levou muitos ao caminho da luxúria e da degradação moral. A sexualidade foi reduzida a um mero instrumento de satisfação instintiva, separada do amor e da sabedoria. Esse fenômeno gerou uma fragmentação na consciência humana, afastando-a da sua essência divina e abrindo espaço para as forças inferiores que se alimentam do éxtase luciférico. Esse éxtase, uma ilusão produzida pelo órgão kundartiguador, mencionado na Tradição Gnóstica, é semelhante ao "baque dos drogados", pois escraviza a alma ao invés de libertá-la.


Nos tempos de Yeshua, os mistérios do Reino dos Céus eram ensinados apenas aos iniciados. Ele dizia: "A vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não lhes é dado" (Mateus 13:11). Os gnósticos sempre compreenderam que o Mashiach não veio para estabelecer uma religião dogmática, mas sim para reavivar a chama da Verdade Universal. O Evangelho de Tomé, um dos textos gnósticos mais antigos, confirma isso quando Yeshua diz: "Se trouxeres à tona o que está dentro de ti, isso que está dentro de ti te salvará. Se não trouxeres à tona o que está dentro de ti, isso que está dentro de ti te destruirá." (Evangelho de Tomé, logion 70). A nova era está trazendo de volta esses mistérios para que a humanidade desperte de seu sono milenar. Os ensinamentos do Livro de Enoque também indicam que há um tempo determinado para a revelação dos segredos ocultos: "E naquele dia os eleitos e os santos se levantarão da terra, e os poderosos e reis verão e ficarão envergonhados" (Livro de Enoque 1:61:5). Esse tempo é agora!


Neste novo ciclo, a humanidade é convidada a fazer sua escolha. O buscador e a buscadora da verdade devem aprender a discernir entre o fogo sagrado da alquimia interior e as chamas devoradoras da ilusão. A verdadeira liberdade não está na satisfação desenfreada dos desejos, mas na sublimação dos mesmos em direção ao Espírito. Assim como o Movimento do Mashiach Gnóstico emergiu com força nessa era para trazer a mensagem da reintegração, também surgiram movimentos que distorceram a liberdade espiritual, como ocorreu com a superficialização do Movimento Hippie. Essa é a grande provação de Aquário: saber escolher entre a Verdade e a Ilusão. A Divina Presença EU SOU nos convida a voltar ao Mashiach Interno, a viver segundo a Verdade e a percorrer a senda da ascensão espiritual. Que os olhos da Alma se abram e que a sabedoria do Alto nos guie! EU SOU A LUZ DO MUNDO!


Desde os primórdios da humanidade, a batalha entre a Luz e as trevas tem sido travada dentro do próprio ser humano. O homem, como imagem e semelhança do Criador, recebeu em si a centelha divina da Presença EU SOU, mas, ao mesmo tempo, encontra-se imerso na densa materialidade do mundo, onde as paixões, os desejos desordenados e os vícios obscurecem a consciência e distanciam a alma da sua verdadeira essência. O Mestre Yeshua Ha'Meshiach, em sua sabedoria eterna, deixou-nos ensinamentos para a libertação da alma, mostrando-nos que apenas aquele que trilha o Caminho reto e estreito encontrará a Verdade e a Vida (Mateus 7:13-14). Entre os grandes desafios do buscador e da buscadora da Verdade estão os vícios que aprisionam a alma e alimentam as correntes do ego.


Os vícios, de qualquer natureza, são como grilhões invisíveis que escravizam o ser e o afastam de sua Consciência Mashiach. As drogas e o álcool, em especial, foram usados em diversas culturas antigas iniciáticas para abrir portais espirituais, mas quando manuseados sem a devida iniciação e propósito sagrado, tornam-se instrumentos de aprisionamento e degradação. A dependência química corrompe os corpos inferiores do ser humano: o corpo físico, o corpo emocional e o corpo mental, tornando a pessoa vulnerável a influências astrais inferiores. O Livro de Provérbios adverte: "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte é alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio" (Provérbios 20:1). O Evangelho Gnóstico de Tomé nos ensina: "Se o que tendes dentro de vós não vos manifestar, o que tendes dentro de vós vos destruirá" (Evangelho de Tomé, Logion 70). O uso de drogas e álcool não apenas destrói o corpo, mas também dissipa a energia vital e enfraquece o espírito.


Já a banalização do sexo, que na ciência sagrada deveria ser uma expressão da unificação alquímica entre as polaridades masculina e feminina, tornou-se um instrumento de manipulação e degradação. O apóstolo Paulo nos lembra: "Não sabeis que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Coríntios 3:16). O abuso da energia sexual leva à perda da vitalidade espiritual e ao aprisionamento nos ciclos do desejo desenfreado.


A verdadeira cura dos vícios não está na simples repressão, mas na transmutação interior. Como nos ensina Yeshua nos Evangelhos Apócrifos: "Vós sois deuses e Filhos do Altíssimo" (Salmo 82:6, citado por Yeshua em João 10:34). Aquele que reconhece sua natureza divina pode se libertar de qualquer grilhão. Os passos para a libertação são:

  1. Autoconsciência e Arrependimento: Reconhecer o vício é o primeiro passo. O verdadeiro arrependimento não é apenas sentir culpa, mas sim transformar a consciência.

  2. Invocação da Divina Presença EU SOU: A Presença Divina dentro de cada um é a Chama da Redenção. A oração e a meditação na Presença EU SOU fortalecem a alma na batalha contra as sombras.

  3. Purificação Aural e Vibracional: O som, a música sagrada e as frequências de cura (como as do Método ReFreVi) ajudam a limpar os corpos sutis das influências negativas acumuladas pelo vício.

  4. Serviço e Amor ao Próximo: A verdadeira libertação acontece quando colocamos nossa energia a serviço do Bem Maior. O amor ao próximo é a mais alta expressão do Mashiach Interno.

  5. O Conhecimento (Gnosis) como Chave: "E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará" (João 8:32). O autoconhecimento e a compreensão dos mecanismos psicológicos que levam ao vício são essenciais para a cura definitiva.


A libertação dos vícios é um processo de renascimento espiritual. O buscador e a buscadora da Verdade deve compreender que não há condenação eterna, mas sim a oportunidade da redenção por meio da Gnosis e do Amor Divino. Como nos ensina o Livro de Enoque, os justos brilharão como estrelas no firmamento e habitarão na morada celestial daqueles que se libertaram das cadeias do mundo (Livro de Enoque 104:2-4). Que todo aquele que busca a Verdade e a Vida possa trilhar o caminho do Mashiach Interno e se libertar de todas as amarras que o afastam da plenitude da Divina Presença EU SOU. Assim seja!


O vício, em suas mais diversas formas, é uma manifestação da prisão da alma nos labirintos da ilusão e do esquecimento do Ser. Ele não é apenas um problema físico ou mental, mas um reflexo profundo das amarras que os "eus" psicológicos impõem sobre a centelha divina presente em cada ser humano. No cerne do ensinamento de Yeshua Ha'Meshiach, encontramos a chave para libertar a consciência das correntes do ego e restabelecer a conexão com a Divina Presença EU SOU.


Os "eus" (multiplicidade de egos que compõe a personalidade ilusória) são fragmentações da alma humana, dispersões que resultam do afastamento da Vontade do Pai Celestial e da Mãe Divina. São essas frações que criam os desejos desenfreados e, consequentemente, os vícios. Toda vez que um indivíduo cede ao impulso de um vício, seja ele físico, emocional ou mental, fortalece uma dessas entidades egóicas, que passam a exercer cada vez mais controle sobre sua vida.

O próprio Yeshua alertou sobre essa batalha interna ao dizer:

"Na verdade, na verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado." (João 8:34)

O pecado, na concepção gnóstica, não é meramente uma transgressão moral, mas uma condição de escravidão à ilusão do ego. O vício nasce da identificação com os desejos inferiores, tornando-se um ciclo no qual a consciência é aprisionada.


Os antigos mestres ensinavam que o vício é como uma doença espiritual que infecta a mente e o corpo, enfraquecendo a conexão com o Espírito. No Livro de Enoque, há registros de como os Vigilantes caídos introduziram práticas que afastaram a humanidade da verdadeira Luz:

"E ensinou-os a consumir ervas que alteram o espírito, e a lançar-se à luxúria e ao vinho em demasia, e a seguir os desejos dos corpos, até que se tornaram como bestas." (Livro de Enoque, Cap. 7)

Este trecho revela que a intoxicação do corpo e da mente leva à corrupção do espírito. Cada vez que um indivíduo se rende ao vício, sua alma se torna mais densa e envolvida na escuridão da ignorância.


A ilusão mais perigosa sobre o vício é a crença de que ele pode ser controlado. O buscador e a buscadora da verdade pode pensar que está apenas experimentando algo por curiosidade ou prazer momentâneo, mas essa experiência logo se torna um laço que se aperta lentamente, impedindo-o de lembrar-se de sua verdadeira essência. O apóstolo Paulo, em sua epístola aos Romanos, descreveu essa luta interna:

"Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço." (Romanos 7:19)

Isso demonstra como o ego, fortalecido pelos vícios, escraviza a vontade do homem, levando-o a repetir padrões destrutivos mesmo quando sua alma anseia pela libertação.


A única verdadeira libertação do vício ocorre quando o buscador e a buscadora se reconcilia com a Divina Presença EU SOU, a chispa do Eterno que habita em seu coração. Yeshua revelou esse caminho quando declarou:

"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8:32)

A Verdade não é meramente um conceito intelectual, mas um estado de ser. Quando o indivíduo se volta para o EU SOU, ele rompe as correntes do ego e acessa a força interior necessária para transmutar suas sombras em Luz.


A libertação dos vícios exige disciplina espiritual e uma entrega sincera ao processo de purificação. Algumas práticas fundamentais incluem:

  1. Invocação da Chama Violeta: A energia da transmutação pode dissolver os registros kármicos e os padrões egóicos que sustentam o vício.

    Afirmação: "EU SOU a Chama Violeta consumindo toda ilusão e libertando-me para a Verdade Divina!"

  2. Meditação e Silêncio Interno: Aquietar a mente permite que a voz do Espírito Santo seja ouvida, guiando o buscador e a buscadora ao despertar.

  3. Renúncia Consciente: Como Yeshua ensinou, "Ninguém pode servir a dois senhores" (Mateus 6:24). O buscador e a buscadora deve escolher entre alimentar o ego ou nutrir sua alma.

  4. Prática do Perdão e da Compaixão: Muitas vezes, os vícios são mantidos pelo peso da culpa e da autopunição. O perdão, tanto a si mesmo quanto aos outros, abre caminho para a cura.


A verdadeira libertação dos vícios é um renascimento espiritual. Como Nicodemos perguntou a Yeshua:

"Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?" (João 3:4)

E Yeshua respondeu:

"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus." (João 3:5)

Este novo nascimento acontece quando a consciência do buscador e da buscadora se eleva além das prisões do ego e se alinha à sua verdadeira essência divina.


O vício é uma ilusão sustentada pelo ego para manter a alma aprisionada na matéria e no sofrimento. No entanto, a Chama da Divina Presença EU SOU está sempre disponível para aqueles que sinceramente buscam a libertação. Seguir os ensinamentos de Yeshua Ha'Meshiach e aplicar os princípios da gnose leva ao triunfo do Espírito sobre as sombras do desejo e da compulsão. Que cada buscador e buscadora da Verdade encontre na Luz do EU SOU a força para transcender todas as amarras e caminhar rumo à plena realização da Consciência do Mashiach. Pois, como nos ensinou o Mestre:

"No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (João 16:33)

E assim também venceremos, pois o Reino dos Céus está dentro de nós.


O alcoolismo, tal como qualquer vício, é uma sombra que encobre a centelha divina do Ser, afastando a consciência humana de sua verdadeira essência. A Gnose, como senda do conhecimento oculto e da Verdade Eterna, revela-nos que a embriaguez, tanto física quanto espiritual, é uma das maiores artimanhas do Demiurgo para manter as almas prisioneiras nas trevas da ignorância. A origem da palavra "álcool" provém do árabe "al-ghoul", que significa demônio ou espírito maligno. Não é coincidência que o mesmo radical seja usado na mitologia grega para nomear Algol, a Estrela Demoníaca, localizada na constelação de Perseu. Assim como Perseu decapitou a Medusa, cujo olhar petrificava aqueles que nela fitassem, o buscador e a buscadora da Verdade deve eliminar o vício e suas ilusões, pois o álcool age como um encantamento que adormece a consciência e escraviza a alma.


O Divino Mestre Yeshua, em sua sabedoria celestial, alertou sobre os perigos da embriaguez e da entrega aos prazeres mundanos. No Evangelho de Lucas (21:34-36), Ele nos instrui:

"Olhai por vós mesmos, para que nunca aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, embriaguez e das preocupações desta vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço."

Aqui, o Mestre não fala apenas do fim dos tempos, mas também do adormecimento da consciência pelo álcool e pelos excessos da carne. Yeshua convidava seus seguidores à sobriedade espiritual e à vigília constante, pois o Caminho é estreito e a porta da Verdade está oculta para aqueles que vivem na embriaguez da ilusão.


Nos Evangelhos Gnósticos, encontramos no Evangelho de Tomé, logion 28:

"Yeshua disse: Eu me pus no meio do mundo, e me manifestei a eles na carne. Eu os encontrei todos embriagados. Nenhum deles estava sedento, e minha alma teve dor pelos filhos dos homens, porque estão cegos em seus corações e não enxergam."

A embriaguez aqui simboliza não apenas o efeito do álcool, mas também o estado de inconsciência espiritual em que a humanidade se encontra. Assim como uma pessoa alcoolizada perde a capacidade de discernir e agir com lucidez, assim também a alma entorpecida pelo materialismo e pelos vícios perde sua conexão com a Luz Divina.


O vício do álcool não é apenas um problema social, mas também um mecanismo de controle da matrix do Demiurgo. No Livro de Enoque, descobrimos que os Vigilantes caídos ensinaram aos homens os segredos das bebidas fermentadas, conduzindo-os à corrupção e ao distanciamento do Criador.


No Livro de Provérbios (20:1), encontramos:

"O vinho é escarnecedor, a bebida forte é alvoroçadora, e todo aquele que por eles se deixa levar não é sábio."

Os ditadores e tiranos da história sempre souberam que um povo embriagado é mais fácil de manipular. A embriaguez mental e espiritual fragiliza a resistência interna do Ser, permitindo que influências externas, tanto materiais quanto astrais, dominem a mente e o coração.


Muitos povos antigos sabiam que o álcool deixava os corpos vulneráveis à possessão espiritual. Nossos corpos são como "veículos" para os espíritos, e o uso excessivo de álcool facilita a tomada do corpo por entidades de baixa vibração.


O Mashiach Interno não pode manifestar-se plenamente em um templo que está contaminado. Como nos diz Paulo em 1 Coríntios 3:16-17:

"Não sabeis vós que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo."

Cada dose de álcool ingerida é um convite para que a luz do Ser se dissipe e os espíritos sombrios tomem o comando. O álcool é, de fato, um sacramento das sombras, que nos distancia do verdadeiro Sacramento da Luz, que é a Presença Divina EU SOU.


A verdadeira alquimia do buscador e da buscadora é transmutar o desejo do álcool em desejo pela Gnosis. Em Efésios 5:18, Paulo nos instrui:

"E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito."

A única embriaguez permitida ao Iniciado é a do Amor Divino, a do Éter Celestial, a do Vinho Sagrado do Mashiach. Somente assim, a alma se libertará do jugo das trevas e retornará ao Reino da Luz. Que aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!


Desde os primórdios da humanidade, os Mistérios Sagrados sempre foram transmitidos através de símbolos, ritos e substâncias que auxiliavam a consciência a transcender os limites da matéria densa e se conectar com o Divino. Entre esses elementos, o álcool, quando devidamente consagrado, ocupou papel central nos rituais, nos processos alquímicos e nas escolas iniciáticas. A própria tradição do Mashiach nos dá um dos maiores exemplos de sua sacralidade: Yeshua Ha’Mashiach transformando água em vinho nas Bodas de Caná, manifestando um sinal de sua missão de Mashiach e do Mistério da Transubstanciação.


No Evangelho de João (2:1-11), encontramos o relato em que Yeshua, a pedido de sua Mãe, Miriam (Maria), transforma água em vinho. A interpretação profana deste evento o reduz a um simples milagre, mas no olhar dos iniciados e gnósticos, trata-se de uma profunda alegoria espiritual. A água representa a substância primordial da existência, enquanto o vinho simboliza a transmutação do ser, a elevação do estado bruto para o espiritualizado.


Yeshua reforça essa simbologia na Última Ceia ao dizer:

“Tomai, bebei, este é o meu sangue” (Mateus 26:27-28).

O vinho, assim, não apenas se torna um sacramento, mas um veículo para a comunhão com o Divino. Ele não era meramente um fermentado alcoólico, mas um líquido consagrado que carregava em si a essência do Mashiach, algo que foi transmitido pelos Essênios e outras escolas iniciáticas do deserto.


As tradições espirituais e iniciáticas do mundo antigo, desde os Mistérios Dionisíacos, os Ritos de Mitra e os Essênios até as práticas alquímicas medievais, utilizavam o vinho e outras formas de álcool como substâncias de conexão com o invisível. A razão para isso reside no fato de que o álcool tem a capacidade de extrair a essência mais pura de ervas, resinas e substâncias, funcionando como um solvente que capta a quintessência oculta. Os antigos alquimistas chamavam esse princípio de Spiritus, acreditando que toda matéria possuía um espírito latente que poderia ser liberado e potencializado pelo álcool. Dessa forma, as tinturas e alcoolitos eram preparados com esse propósito: extrair a essência vital das plantas e concentrá-las para fins de cura e transmutação.


O Livro de Enoque nos fala de como os Anjos Caídos ensinaram aos humanos os segredos das ervas e substâncias, indicando que havia um conhecimento sagrado perdido ao longo dos tempos:

“E Azazel ensinou os homens a fabricar espadas, facas, escudos e couraças. E lhes mostrou os metais da terra e como trabalhá-los... e a magia e o uso das plantas.” (Livro de Enoque 8:1-3).

Este ensinamento, quando utilizado corretamente, sempre teve a finalidade de ajudar a humanidade a recuperar sua conexão com o divino.


Os alquimistas medievais compreenderam que, assim como Yeshua transformou a água em vinho, também era possível extrair das plantas sua “alma” utilizando o álcool. Assim nasceram os alcoolitos e as tinturas, que são preparados alquímicos onde o álcool dissolve as propriedades curativas e espirituais das ervas. Essa prática é utilizada até hoje na fitoterapia e na medicina homeopática, demonstrando que a sabedoria ancestral permanece viva. O álcool, neste sentido, torna-se um veículo da essência divina das plantas, carregando consigo suas propriedades curativas e espirituais. Quando consagrado e utilizado com intenção sagrada, ele não apenas preserva as forças vitais da planta, mas também as potencializa, tornando-as instrumentos de cura para o corpo e para a alma.


Apesar de sua função sagrada nas escolas iniciáticas, o álcool, quando utilizado sem consciência e sem o devido respeito, se torna uma força destrutiva. As Escrituras Sagradas nos adverte contra o uso desregrado do vinho:

“O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.” (Provérbios 20:1)

A diferença entre o veneno e o remédio está na intenção e no uso. O mesmo vinho que Yeshua usou como sacramento pode se tornar um meio de decadência quando consumido sem propósito espiritual. Assim, o verdadeiro iniciado compreende que tudo que entra no templo do corpo deve ser consagrado e utilizado para a evolução da alma.


A Jornada do Buscador e da Buscadora da Verdade exige discernimento, consciência e reverência pelas substâncias e práticas sagradas. O álcool, longe de ser um mal em si, é um meio de extração da essência divina quando usado corretamente, seja nos sacramentos do Mashiach, nos rituais iniciáticos ou na medicina alquímica. A transformação da água em vinho por Yeshua foi um símbolo do caminho da alquimia interior: a elevação da natureza inferior para a superior, da matéria para o espírito. O verdadeiro vinho da vida é aquele que nos conecta ao Supremo, que nos fortalece na busca pelo Reino dos Céus e nos aproxima da Grande e Poderosa Presença EU SOU. Que os Buscadores e Buscadoras da Verdade saibam caminhar por essa senda com sabedoria, reconhecendo no sagrado aquilo que leva à iluminação, e transmutando tudo aquilo que pode nos afastar dela.


O mistério da existência humana reside na consciência de nossa própria divindade, na centelha divina que arde em nosso Ser, no reconhecimento da poderosa Presença EU SOU, que manifesta a plenitude do Mashiach Interno em nosso interior. O caminho para a Verdade é um retorno ao Pai Celestial e a Mãe Divina, como nos ensinou o Mestre Yeshua Ha'Meshiach: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Porém, a humanidade se encontra aprisionada em labirintos de ilusão, buscando na materialidade e nos prazeres sensoriais o consolo para um vazio existencial profundo. Dentre os maiores flagelos da atualidade, está o vício das drogas, um subproduto da inconsciência e da separação do Ser com sua origem divina. O ser humano, ao perder-se de si mesmo, busca nos entorpecentes um simulacro de felicidade, uma efêmera fuga da dor da própria sombra.


O vício não é um fenômeno meramente social ou biológico, mas uma expressão de um profundo dilema espiritual. Os antigos mestres gnósticos compreendiam que toda degradação da alma provém da desconexão com o Eu Superior. Como expresso no Evangelho de Tomé, Yeshua disse: "Se trouxeres à tona o que está dentro de ti, o que trouxeres te salvará. Se não trouxeres à tona o que está dentro de ti, o que não trouxeres te destruirá" (Evangelho de Tomé, logion 70). O viciado, sem a direção da Luz Interior, busca fora de si o que só pode ser encontrado no santuário interno de seu coração. As drogas são portas para dimensões inferiores, laços da Matriz Arcontíca, onde entidades do baixo astral se alimentam da energia vital dos seres humanos aprisionados na inconsciência. O apóstolo Paulo advertiu sobre as práticas que afastam o homem da glória divina: "Não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito" (Efésios 5:18). Aqui, o vinho simboliza não só o álcool, mas todas as substâncias e práticas que entorpecem a consciência e desviam o buscador e a buscadora da verdadeira senda. Os antigos Kémeticos (egípcios), detentores de profunda sabedoria hermética, ensinavam que o ser humano é composto de diferentes corpos: o corpo físico, o corpo emocional (ou astral), o corpo mental e o espírito imortal. Quando o corpo astral é danificado pelo uso constante de drogas, fendas se abrem nessa estrutura, permitindo a entrada de energias parasitárias que enfraquecem o ser. Isso explica a degradação acelerada dos dependentes químicos, que perdem a vitalidade, a consciência e a força de vontade.


A única verdadeira solução para o vício está no retorno ao centro do Ser, na reconexão com a poderosa Presença EU SOU, que é o Santo Mashiach Interno dentro de cada ser humano. Yeshua nos ensinou que é possível transcender o mundo e seus sofrimentos: "No mundo tereis tribulações, mas tende bom ânimo! Eu venci o mundo" (João 16:33). O caminho para fora do vício é o caminho da ascensão. O buscador e a buscadora deve escolher entre continuar imerso na ilusão ou erguer-se como o Mashiach Ressuscitado dentro de si. A decisião é individual, mas a Graça Divina está sempre disponível para aqueles que desejam se libertar.

Que a Luz da Verdade ilumine a jornada de todos aqueles que buscam retornar ao seio do Pai Celestial e da Mãe Divina.


Desde os primórdios da humanidade, o ser humano tem se debatido com suas próprias limitações, com os grilhões impostos por suas fraquezas e a ilusião da matéria. O vício, em todas as suas formas, nada mais é do que um reflexo das cadeias invisíveis que aprisionam a alma ao mundo fenomênico e ilusório. Contudo, dentro do ser humano, no recôndito mais profundo de sua Essência, habita uma centelha imortal, um Poder Sublime que é capaz de transmutar toda dor, toda limitação, todo vício. Esse poder é a Divina Presença EU SOU, a expressão direta da Luz do Mashiach em nós, o verdadeiro Mestre interior que nos conduz à Libertação. Aqueles que compreendem os Ensinamentos Sagrados de Yeshua Ha'Meshiach sabem que Ele nos revelou, de forma velada e profunda, os mistérios da Consciência do Mashiach e do poder transformador da Verdade. O Mashiach Vivo, o Logos Solar, não apenas curava enfermos e libertava obsediados, mas ensinava que o Reino dos Céus está dentro de nós (Lucas 17:21). Dentro desse Reino interno, encontramos a Força Suprema capaz de dissolver qualquer atadura da mente e das emoções.


Os Evangelhos Gnósticos e o Livro de Enoque nos alertam sobre a existência de inteligências sombrias que atuam na Terra, levando os seres humanos ao erro e à escravidão dos sentidos. Os "Vigilantes Caídos" e suas hostes, mencionados no Livro de Enoque, são simbolismos para as forças das trevas que tentam perpetuar o ciclo de sofrimento e limitação no mundo humano.

O vício é uma forma de possessão psíquica. Quando um indivíduo se entrega à dependência, seja ela química ou emocional, ele cede seu poder pessoal a entidades astrais e agregados psíquicos que se nutrem de sua energia vital. Assim, a chave da libertação está na Morte Psicológica, na aniquilação das tendências inferiores que perpetuam o ciclo do sofrimento.


Yeshua ensinou que "se o grão de trigo não cair na terra e morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto" (João 12:24). Essa é a chave da transfiguração interna. Para que o vício seja erradicado em sua raiz, a entidade psicológica que o sustenta deve ser dissolvida pela Luz da Consciência. O indivíduo viciado, ao se observar, perceberá que não é um, mas muitos. Seu Eu interior está fragmentado em incontáveis eus psicológicos que se revezam no controle da mente e das emoções. Cada vício é sustentado por um agregado psíquico, um "demônio interno", que se fortalece cada vez que a pessoa cede à compulsão. A prática da morte psicológica consiste em, a cada vez que a vontade de consumir a substância ou praticar o ato vicioso surge, invocar a Luz do Mashiach e dissolver essa entidade psíquica com a espada do discernimento e da vigilância interna.


O Processo Prático de Cura

  1. Observação Atenta:

    Antes de ceder ao vício, pare e observe. Qual emoção antecede o desejo? Medo? Angústia? Solidão? O reconhecimento é essencial.

  2. Invocação da Divina Presença EU SOU:

    Afirme com fé: "EU SOU a Presença Divina que dissolve agora este desejo e transfigura minha energia em Luz do Masshiach Interno!"

  3. Prática de Transmutação:

    Utilize a alquimia interior: respiração consciente, mantras sagrados, oração e meditação. O mantra "EU SOU" é uma chave poderosa para queimar os elementos psíquicos impuros.

  4. Redução Gradual:

    Caso a dependência química seja intensa, combine a morte psicológica com uma redução gradual do consumo, permitindo que o corpo também se adapte à nova realidade.

  5. Autoexame e Confissão Interna:

    Escreva um diário da alma. Revele-se a si mesmo. Encontre as causas profundas do vício e desmantele-as pela compreensão.


Yeshua disse: "Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará" (João 8:32). Essa Verdade não é intelectual, mas vivencial. A cura do vício é um caminho de iniciação, uma prova para o buscador sincero que deseja retomar sua verdadeira natureza divina. A chave está na disciplina, na entrega e na fé na Divina Presença EU SOU. Quando o Mashiach Interno ressurge dentro de nós, toda sombra se dissipa, e a águia real do espírito alça voo rumo à suprema libertação. Que todos aqueles que buscam a verdade encontrem nela a força para renascerem como Seres Livres!


A sagrada jornada do Buscador e da Buscadora da Verdade exige pureza de propósito, discernimento e uma consciência desperta. Desde os tempos ancestrais, a humanidade tem procurado meios de acessar o divino, de romper as barreiras da percepção ordinária e de se elevar acima das limitações da matéria. No entanto, em meio a essa busca, surgem perigosas armadilhas, e uma das mais sutis e devastadoras é o uso de substâncias alteradoras da consciência. As drogas, sejam elas naturais ou sintéticas, afetam profundamente não apenas o corpo físico, mas também os corpos sutis, corrompendo a integração entre mente, espírito e consciência. Assim, é necessário compreender, sob a luz da Gnose, os efeitos ocultos dessas substâncias e a maneira como se tornam entraves no caminho da Iluminação.


A ciência moderna evidencia os estragos que o uso de drogas causa no organismo: o envelhecimento precoce, a degradação neuronal, o enfraquecimento da vitalidade, a redução das capacidades cognitivas e motoras. Mas o conhecimento esotérico vai além dessas manifestações observáveis, revelando que o corpo vital – o elo entre o corpo físico e as energias superiores – sofre uma perda de brilho e harmonia, resultando em uma crescente desvitalização. Nos ensinamentos do Mestre Yeshua Ha'Meshiach, encontramos diversas advertências sobre a pureza do corpo e da mente. Em Mateus 6:22, Ele disse: "A lâmpada do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz." Aqui, o Mashiach vivo nos alerta sobre a necessidade de preservar a integridade da percepção espiritual, pois toda contaminação da consciência obscurece nossa visão da Verdade. O Livro de Enoque, um dos textos mais profundos da Tradição Gnóstica, relata que certos ensinamentos proibidos foram entregues à humanidade por entidades decaídas, os Vigilantes, e entre esses ensinamentos estava o uso de substâncias que modificam o estado da consciência. Isso indica que essas práticas não surgiram espontaneamente, mas foram introduzidas como uma forma de desviar a humanidade de seu verdadeiro caminho espiritual.


No mundo astral, as drogas debilitam a luz do corpo emocional, enfraquecendo a força vital e abrindo portas para influências negativas. As entidades astrais inferiores encontram um campo fértil para manipular e explorar as debilidades daqueles que buscam falsos atalhos para a espiritualidade. As drogas reforçam os elementos psicológicos negativos, alimentando o ego e intensificando suas artimanhas hipnóticas sobre a Essência divina. A mente do dependente sofre uma ruptura: o cérebro físico perde sua conexão harmoniosa com o mental superior, resultando em tremores, lapsos de memória, alucinações e uma percepção distorcida da realidade. Isso se assemelha àquilo que Yeshua nos revelou em Lucas 11:34-35: "Se, porém, o teu olho for mau, o teu corpo estará em trevas. Vê, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas.". Os estados alterados induzidos artificialmente pelas drogas frequentemente resultam em experiências astrais descontroladas e caóticas, que, longe de serem verdadeiras iluminações, não passam de projeções do próprio subconsciente e do órgão kundartiguador (cérebro reptiliano ou complexo reptílico, é o que compartilhamos com outros mamíferos e répteis, que ocupa, aproximadamente, 5% do total da nossa massa cerebral .), o terrível resquício do pecado original que distorce a percepção do divino.


A autêntica jornada espiritual não requer o uso de substâncias externas. O Mashich Interno nos ensina que a verdadeira ascensão vem pelo trabalho interno, pela purificação do ego e pelo despertar da consciência através da meditação e da alquimia. O vinho sagrado do qual fala a tradição gnóstica é o vinho da meditação na taça da perfeita concentração – o néctar espiritual que nutre a alma e conduz à libertação. O verdadeiro Buscador e Buascadora devem evitar as ilusões das drogas e dedicar-se aos Três Fatores de Revolução da Consciência:

  1. A Morte do Ego, que dissolve os agregados psicológicos e liberta a Essência aprisionada.

  2. O Nascimento Espiritual, através da Alquimia e do trabalho consciente com a energia sexual.

  3. O Sacrifício pela Humanidade, ajudando os demais a se libertarem das correntes da ignorância.

Os dependentes podem se regenerar completamente quando retirados do meio que os levou ao vício e inseridos em uma comunidade de suporte, amor e sabedoria. O processo de cura se dá pelo resgate da consciência, pelo cultivo da virtude e pela entrega total à Grande e Poderosa Presença Divina EU SOU. Somente aqueles que se libertam das amarras ilusórias da matéria podem ascender à Verdade Eterna. Que a Luz do Mashiach Interno brilhe sempre em seu coração, Buscador e Buscadora da Verdade. No Sagrado Nome de יֵשׁוּעַה הַמָּשִׁיחַ! Hallellwyah! Amen!


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