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TRATADO GNÓSTICO 007: A Morte do EU e O Caminho do Iniciado na Batalha Interior

Foto do escritor: Jp SantsilJp Santsil

No seio do Cosmo, onde a Vontade Divina se manifesta em esplendor absoluto, repousa a suprema verdade: tudo na Criação de Deus é ordenado sob as leis da Perfeição e da Harmonia. No entanto, tal perfeição não reside na unilateralidade de um único princípio, mas sim no equilíbrio sagrado entre forças antagônicas. A dualidade é a pedra angular da manifestação universal: luz e trevas, positivo e negativo, espírito e matéria, sabedoria e ignorância. Não sejamos ingênuos a ponto de crer que na Obra do Deus Criador não haja o bem e o mal, pois estas são as forças que estruturam o campo de provas para a Alma peregrina. Na tradição gnóstica e nos ensinamentos do Mestre Yeshua Ha'Meshiach, a compreensão da dualidade se faz essencial. Assim como há Malachim que sustentam o Reino da Luz, existem também Demônios que aprisionam as almas na escuridão do abismo. Seres de esplendor guiam os buscadores da Verdade rumo à ascensão, enquanto forças tenebrosas tentam desviá-los do Caminho.


Aqueles que adentram o Caminho da Verdade e começam o Grande Trabalho de regeneração interna são inevitavelmente lançados em um campo de batalha invisível, um verdadeiro Armageddon que não se trava apenas no mundo externo, mas sim, principalmente, dentro de cada um de nós. Pois, antes de derrotarmos os demônios do mundo, é necessário subjugar os demônios que residem no interior de nossa própria psique. A luta entre a luz e as trevas é incessante dentro da consciência humana. Cada pensamento, cada emoção, cada desejo é um campo de batalha onde os opostos se confrontam. O orgulho combate a humildade, a ira luta contra a serenidade, a luxúria tenta suplantar a castidade. Quem deseja libertar-se da escravidão psicológica deve se tornar um guerreiro da luz e, com a espada do discernimento, cortar as correntes da ilusão. O Iniciado que se compromete com o Grande Trabalho interior logo perceberá que sua luz incomodará as trevas, não apenas dentro de si mesmo, mas também no mundo externo. As forças materialistas, os intelectuais engessados em suas concepções dogmáticas, os falsos mestres e os que servem às sombras sentirão-se desafiados e procurarão derrubá-lo. É por isso que o verdadeiro discípulo da Luz não deve se surpreender quando se tornar alvo de perseguições, calúnias e provas severas. A intensidade da luta aumenta proporcionalmente à luz que o Iniciado emana.


Os Mestres de Sabedoria sempre nos ensinaram que o maior desafio do buscador e da buscadora está em sua própria constituição psicológica. Dentro de nós habitam os agregados psíquicos que formam nossa natureza inferior, e é somente pela Arte da Auto-Observação que podemos reconhecê-los. Através da vigilância constante sobre nossos pensamentos, emoções e impulsos, começamos a enxergar com clareza a ação dos defeitos dentro de nossos centros vitais. O intelecto corrompido gera justificativas para o erro, o centro emocional ferido impulsiona reações de dor e ódio, e o centro motor arrasta-nos para hábitos destrutivos. Aquele que ignora essa batalha interior torna-se escravo dos desejos inferiores e da hipnose do mundo material. Mas aquele que desperta a consciência torna-se senhor de si mesmo.

O Mestre Yeshua nos revelou que apenas através da transmutação do ser podemos alcançar o Reino dos Céus. Esse processo alquímico exige que dominemos a energia vital, transformemos os desejos inferiores e ascendamos os princípios superiores dentro de nós. A energia sexual, que é a força criadora da vida, deve ser refinada e elevada ao espírito. A mente deve ser purificada, e o coração deve ser preenchido com a chama do Amor Divino.


O caminho do Iniciado não é fácil. Exige coragem, renúncia e disciplina. No entanto, é o único Caminho que leva à verdadeira Libertação. Aqueles que persistem e não cedem às investidas do inimigo interno e externo tornam-se tochas vivas na escuridão do mundo. Seus olhos são iluminados pelo fogo do Espírito Santo, suas palavras carregam o peso da Verdade, e seus atos refletem a vontade do Altíssimo. Eles se tornam aliados dos Anjos e instrumentos da Vontade Divina. O Iniciado que persevera no Caminho da Luz alcança a integração com sua Divina Presença EU SOU, dissolvendo as sombras da ilusão e manifestando a perfeição da Obra do Criador. Nele, a dualidade se funde em uma síntese sublime, onde o Bem triunfa e a Consciência do Mashiach resplandece em sua plenitude. A batalha é dura, mas a Vitória é certa para aquele que jamais abandona a senda do Espírito. A Luz sempre vencerá as trevas, pois onde há consciência desperta, as sombras se dissipam. Que o Amor e a Sabedoria Divina guiem cada passo do Buscador e da Buscadora da Verdade. Que o Fogo Sagrado da Gnose ilumine as sendas ocultas da alma, e que, no final da jornada, possamos todos retornar à Fonte, onde a dualidade se dissolve e tudo é apenas o Uno.


Desde os primórdios dos tempos, os grandes Mestres da humanidade nos legaram um ensinamento fundamental: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.” Esta máxima não se refere apenas a um conhecimento superficial da personalidade ou do intelecto, mas sim a uma investigação profunda das estruturas mais ocultas do ser, onde residem os elementos psicológicos que nos mantêm prisioneiros da dor, da ignorância e da inconsciência. O verdadeiro despertar da consciência começa quando o Buscador e a Buscadora da Verdade se deparam com a necessidade inadiável da Morte Psicológica. Este processo, tão antigo quanto os ensinamentos esotéricos, foi simbolicamente descrito pelo Mestre Yeshua Ha'Meshiach quando nos falou sobre a necessidade de “morrer para renascer”. Aquele que deseja experimentar a autêntica liberdade interior precisa compreender que dentro de si mesmo habitam incontáveis formas ilusórias da personalidade repleta de egos, que aprisionam sua Essência e impedem sua unificação com a Divina Presença EU SOU.


Como nos ensina a Gnosis, a Essência, também conhecida como Presença EU SOU, é a centelha divina dentro de nós, a energia pura e original que se fragmenta ao longo de inúmeras existências. Infelizmente, mais de 97% dessa Essência está aprisionada nos defeitos psicológicos, os quais se manifestam como desejos, temores, ira, inveja, cobiça e inumeráveis agregados psíquicos que obscurecem nossa verdadeira natureza. Apenas cerca de 3% dessa Essência permanece livre, ainda que adormecida, incapaz de exercer sua plena consciência.

O ego, formado por incontáveis elementos subconscientes, age como um carcereiro cruel que nos mantém escravizados dentro da roda do samsara, perpetuando nossos sofrimentos, limitações e a ilusiória identidade que construímos ao longo das vidas. Assim, é necessário um trabalho intenso e consciente para dissolver esses elementos indesejáveis, permitindo que a Essência recupere sua soberania e nos conduza ao estado de Iluminação.


A Morte Psicológica é um processo de auto-observação e transformação interior, onde cada defeito é identificado, compreendido e eliminado pela força da Consciência e da Vontade Superior. Esse processo é dividido em três etapas principais:

  1. Auto-observação Consciente: Para eliminar um defeito, primeiro devemos reconhecê-lo. A auto-observação é a técnica que nos permite identificar o surgimento dos eus psicológicos em nossa mente, emoções e atos. Ao estarmos atentos ao momento presente, conseguimos perceber a atuação do ego dentro de nós.

  2. Compreensão Profunda: Não basta identificar um defeito, é necessário estudá-lo em profundidade. Perguntarmo-nos: Qual é a origem deste eu? Como ele me influencia? Que sentimentos e pensamentos ele gera? Este processo é auxiliado pela reflexão consciente, pela meditação gnóstica e pelo estudo das experiências da vida.

  3. Eliminação do Defeito: A eliminação definitiva do defeito não pode ser alcançada apenas pelo entendimento intelectual. É necessária a invocação do Fogo Sagrado Purificador da Divina Mãe Kundalini, a força do Mashiach presente em nosso Ser, que, ao ser chamada com devoção e fervor, destrói os elementos psíquicos indesejáveis e liberta a Essência aprisionada.


Quando um Buscador e uma Buscadora sincera se dedica à Morte Psicológica, ele/ela começa a experimentar estados internos de liberdade e clareza. Seu Ser Real, antes obscurecido pelos incontáveis egos, passa a manifestar-se com mais força e pureza. Os sentidos internos despertam, a intuição floresce e a capacidade de compreender as verdades divinas se expande.

Neste caminho, o guerreiro espiritual se aproxima do estado do Mashiach, tornando-se um autêntico Filho da Luz, um ser capaz de manifestar a Verdade, a Justiça e o Amor Divino. O ensinamento de Yeshua Ha'Meshiach se torna uma realidade viva dentro de seu coração: “Se não morreres, não podereis ver o Reino dos Céus.”


A Morte Psicológica é a chave mestra da Grande Obra. Sem ela, o Buscador e a Buscadora permanecerá cativo dos seus defeitos, incapaz de experimentar a plenitude do Ser. É necessário coragem, disciplina e sincera devoção para trilhar este caminho, mas aqueles que persistirem encontrarão a maior de todas as recompensas: a libertação da Consciência e a unificação com a Divina Presença EU SOU. Que este ensinamento sagrado inspire todos aqueles que buscam a Verdade, para que possam transcender as ilusões do ego e despertar para a Suprema Realidade. Que a Luz do Mashiach Íntimo brilhe intensamente dentro de cada ser humano, guiando-o na senda do autoconhecimento e da ascensão espiritual.


Na sagrada jornada da alma, a eterna busca pela Verdade conduz o Buscador e a Buscadora a um dos mais profundos mistérios do universo interior: a batalha entre o Ego e a Essência. O conhecimento gnóstico ensina que a humanidade jaz adormecida nas trevas da inconsciência, prisioneira das ilusões do ego, que se manifesta em múltiplos aspectos dentro da psique humana. O que se oculta por trás das veias da personalidade cotidiana são os "eus" psicológicos, que distorcem a realidade e impedem a expansão da Consciência Divina.

O divino Mestre Yeshua Ha'Meshiach nos revelou chaves ocultas para a compreensão dessa batalha interna. Sua vida e ensinamentos transcendem a história e alcançam os recônditos mais profundos da alma humana, convocando-nos a um despertar. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9:23). O que significa negar a si mesmo? Significa dissolver a personalidade ilusória repleta de inúmeros egos, erradicar os defeitos psicológicos que obscurecem a luz da Essência Divina EU SOU que reside em nosso interior.


O ego, em sua multiforme expressão, atua como um labirinto de ilusões dentro da mente humana. Em Kemet (Egito Antigo), era simbolizado pelos demônios vermelhos de Seth, entidades que obscureciam a visão do iniciado e o mantinham acorrentado à materialidade. No Bhagavad-Gita, Krishna revela a Arjuna que a verdadeira guerra a ser travada é contra os inimigos internos, os parentes do ego, que são nossos próprios defeitos, vícios e debilidades.

Na mitologia grega, o ego se manifesta na temível Medusa, cujo olhar petrifica os incautos e os condena à inércia espiritual. Apenas Perseu, com sua espada da vontade desperta, é capaz de decapitá-la, libertando-se assim de sua tirania. Essa simbologia reflete a necessidade de enfrentarmos nossos próprios medos e sombras, empunhando a espada da Consciência para destruir as ilusões da personalidade repleta de múltiplos egos. Na Sagrada Escritura, Yeshua confronta diretamente essa realidade ao perguntar ao espírito que possuía o geraseno: “Qual é o teu nome?” E o espírito responde: “Meu nome é Legião, porque somos muitos” (Marcos 5:9). Essa resposta não se refere apenas à possessão de um homem, mas à condição de toda a humanidade, escravizada por inúmeros eus psicológicos que ditam pensamentos, emoções e ações inconscientes.


No entanto, dentro da prisão do ego, a Essência Divina permanece latente, como uma chama aguardando ser reavivada. Essa Essência é a centelha da Divina Presença EU SOU, a centelha do Mashiach que precisa ser liberada para que a consciência humana retorne ao estado de pureza original. Sem a dissolução dos egos na personalidade, a Essência permanece aprisionada, impedida de manifestar a Luz e a Sabedoria Divina. Yeshua Ha'Meshiach nos legou a chave suprema da redenção: o Amor e o Sacrifício pela humanidade. Ao entregar-se à Vontade do Pai-Mãe de toda Criação, demonstrou o caminho da entrega total ao divino, ensinando que apenas a morte do ego pode gerar a ressurreição da Essência. “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (João 12:24). A humanidade precisa compreender que, enquanto os inúmeros egos dominarem suas personalidades nesta vida, o sofrimento será a realidade constante. Os sete pecados capitais, enunciados por Tomás de Aquino – luxúria, ira, inveja, cobiça, gula, preguiça e orgulho – são apenas aspectos da Legião interior que nos afasta da Verdade. Somente por meio do trabalho consciente, da auto-observação e da eliminação dos defeitos psicológicos podemos libertar a Essência e nos unirmos novamente à Divina Presença EU SOU.


A dissolução do ego é um processo longo e profundo, que exige dedicação, coragem e discernimento. O Buscador e a Buscadora da Verdade devem trilhar o caminho do autoconhecimento, praticando a renúncia aos desejos inferiores e cultivando as virtudes do Mashiach. O verdadeiro iniciado compreende que a libertacão não reside no mundo exterior, mas sim na purificação do templo interior. A alquimia espiritual, ensinada pelos grandes mestres, revela que apenas pelo Fogo Sagrado da transmutacão podemos queimar as impurezas dos inúmeros egos que constituem a personalidade ilusória e permitir que a Consciência Divina se manifeste plenamente. A meditação, a oração profunda e o arrependimento sincero são ferramentas essenciais para esse processo. Assim como o ouro precisa ser purificado no cadinho, o ser humano deve atravessar as provas da vida com humildade e fé inabalável na Graça Divina. Aquele que perseverar, sem dúvidas e sem temor, verá a Luz emergir da escuridão e se tornará um farol para toda a humanidade. Que a Divina Presença EU SOU ilumine o coração de todos os Buscadores e Buscadoras da Verdade, guiando-os ao despertar da Essência e à libertação definitiva da ilusão do ego. Que assim seja!


A Essência que habita em cada ser humano é a centelha divina, o fragmento puro da Consciência Suprema que nos conecta à Fonte Primordial de toda Vida. Ela é a expressão imortal do Ser, o sopro do Eterno dentro da transitoriedade da carne. Como nos ensinou o Mestre Yeshua Ha'Meshiach: “Vós sois deuses, e todos vós sois filhos do Altíssimo” (Salmo 82:6, citado por Yeshua em João 10:34). Este não é um mero ensinamento filosófico, mas um chamado para o reconhecimento da Verdade Oculta dentro de cada um de nós. A consciência não pertence ao tempo, é a manifestação do "EU SOU" em nosso interior. No entanto, ao longo das eras, nossa Essência foi aprisionada pelo ego, que se multiplicou em incontáveis fragmentos de desejo, medo, orgulho, ira e ilusões mundanas. Cada um desses "eus" aprisiona uma fração da nossa consciência dentro de estruturas ilusórias, tal como garrafas de vidro que contêm dentro de si pequenas luzes apagadas.


Os ensinamentos ocultos de Yeshua falam sobre a necessidade de um nascimento interior, uma metamorfose que nos leva de volta à plenitude do Ser. Ele nos disse: “Em verdade, em verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3). Esse renascimento não se trata de um simples ato de fé dogmática, mas sim da destruição consciente dos agregados psíquicos que mantêm a Essência cativa. Nos evangelhos gnósticos, como o de Tomé, Yeshua enfatiza que o Reino está dentro de nós e não em templos de pedra. O trabalho é interior, e a Verdade está escondida dentro do coração daquele que busca com sinceridade. O Mestre ensinava em parábolas para os não-iniciados, mas aos seus verdadeiros discípulos transmitia os mistérios da auto-realização. “Se não fizerdes de vós mesmos um corpo de luz, quando morrerdes, encontrareis apenas trevas” (Evangelho de Tomé, logion 24).

Esta é a chave para a libertação da Essência: transformar a densidade dos "eus" em Luz Consciente. Cada erro transmutado, cada defeito eliminado, libera a consciência cativa e fortalece nossa Essência, permitindo que brilhemos como tochas vivas no caminho da Iluminação.


Assim como Yeshua nos ensinou pelo exemplo, o verdadeiro trabalho espiritual é o do desapego do ego e da entrega ao Pai Celestial e a Mãe Divina. Sua peregrinação e seu sacrifício na cruz simbolizam o caminho árduo pelo qual todos os Iniciados devem passar: a renúncia ao ego, a superação do mundo material e a entrega plena à vontade do Altíssimo. Cada fragmento do ego deve ser reconhecido e eliminado pela luz da compreensão profunda. Quando um defeito é extinto, uma virtude toma seu lugar. Onde antes havia ira, surge a paciência; onde antes havia luxúria, nasce a castidade; onde antes havia cobiça, floresce a generosidade. Este é o processo que os Mestres chamam de "A Grande Obra", um trabalho alquímico onde o chumbo da imperfeição é transmutado no ouro do Ser.


Quando todas as partes da Essência estão livres, o Ser pode se manifestar plenamente. Este é o verdadeiro significado do Mashiach Vivo dentro de nós. O Mashiach é um estado de consciência, a Chama Divina que arde no coração daqueles que completaram a Obra. "Quem me viu, viu o Pai (Princípio Ativo)” (João 14:9), disse Yeshua, demonstrando que aquele que se torna um com a Consciência Divina manifesta plenamente o Pai (Princípio Ativo) dentro de si.

A Grande e Poderosa Presença "EU SOU" é o ponto de contato com essa Verdade Suprema. Ao afirmar conscientemente "EU SOU a Luz do Mundo" (João 8:12), não estamos apenas repetindo palavras, mas reafirmando nossa natureza divina e nos reconectando com o Supremo.


O caminho da auto-realização é um chamado àqueles que sentem a inquietude interior da Verdade. O Buscador e a Buscadora devem percorrer um caminho de disciplina, auto-observação, humildade e amor incondicional. A Essência deve ser libertada através da aniquilação consciente dos elementos egoicos e do despertar da Luz interna. Que cada passo dessa jornada seja guiado pela Lembrança de Si, pela Presença Divina e pelo Amor Infinito do Mashiach. Que a Verdade seja revelada a todos aqueles que sinceramente buscam a Luz. Pois como disse Yeshua: “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (João 8:32). Que assim seja, e assim é!


Desde tempos imemoriais, os mistérios da Criação foram resguardados nos santuários internos das antigas tradições espirituais. Oculto sob o véu das doutrinas esotéricas e preservado nos ensinamentos gnósticos de Yeshua Ha'Meshiach, repousa o sublime mistério da Mãe Divina, a emanação feminina do Todo, aquela que nutre, transforma e liberta.


A Divina Presença EU SOU é a origem de toda manifestação. Dentro de sua sagrada polarização, ela se desdobra no aspecto masculino (Pai) e feminino (Mãe). A Mãe Divina é o ventre da Criação, a expressão pura do Amor Universal, a força que modela e sustenta a existência. Ela é conhecida por muitos nomes ao longo das eras: Isis em Kemet (Egito), Shakti na Índia, Tonantzin entre os astecas, Stella Maris entre os alquimistas, Miriam (Maria) entre os cristãos. Sua energia manifesta-se dentro de cada ser humano como um aspecto individualizado da Consciência Divina. Yeshua, em sua passagem pelo mundo, compreendia e ensinava sobre essa Presença Sagrada. Nos evangelhos canônicos e apócrifos, encontramos referências à sua conexão com a Mãe Celeste. O Cântico de Maria, em Lucas 1:46-55, não é apenas um louvor à maternidade física de Yeshua, mas uma revelação simbólica da Mãe Divina como a Força que exalta os humildes e dissipa os orgulhosos. Nos evangelhos gnósticos, especialmente no Evangelho de Felipe e no Evangelho de Tomé, encontramos fragmentos de um ensinamento velado sobre o sagrado feminino e sua interação com o Logos do Mashiach.


A Mãe Divina tem uma função essencial no processo de redenção: a eliminação do ego. No caminho gnóstico, a autodescoberta e a iluminação passam, inevitavelmente, pelo reconhecimento e transcendência dos elementos subjetivos que obscurecem a Essência Divina. Somente através da Mãe Divina podemos erradicar nossos defeitos psicológicos e dissolver os agregados do eu inferior. No Evangelho de Tomé, Yeshua diz: "Se trareis à luz o que está dentro de vós, o que está dentro de vós vos salvará. Se não trareis à luz o que está dentro de vós, o que não está dentro de vós vos destruirá." Essa afirmação revela o papel fundamental da auto-observação e da purificação interna. Somente quando reconhecemos nossas sombras, podemos invocar a Mãe Divina para transmutá-las. Os iniciados sempre buscaram a ajuda da Mãe Divina na alquimia interna, pois somente Ela possui o poder de reduzir à poeira cósmica as cristalizações do ego. Invocá-la é essencial para aqueles que trilharem o Caminho da Verdade. O mantra Klim e o sagrado nome Tonantzin podem ser utilizados como chaves vibracionais para ativar sua presença.


Para estabelecer um contato consciente com a Mãe Divina, devemos cultivar uma vida reta, alinhar nossos pensamentos, palavras e ações à Lei Divina. Algumas práticas eficazes incluem:

  1. Meditação e Auto-observação: Silenciar a mente e observar a si mesmo permite que a Consciência se expanda e que a Mãe Divina comece a operar sua purificação em nós.

  2. Invocação Direta: Em oração sincera, podemos clamar: "Mãe Divina, ajudai-me a dissolver este defeito", trazendo luz para nossas sombras.

  3. Uso de Mantras Sagrados: O mantra Klim ativa a força da Mãe Divina dentro de nós. Repeti-lo com intenção e devoção potencializa a transmutação interior.

  4. Contemplação das Representações Sagradas: Estudar as diferentes faces da Mãe Divina nas tradições antigas permite uma compreensão mais profunda de sua essência e manifestação.


A Mãe Divina é a Força Redentora, a chama sutil que ilumina a escuridão interior e conduz a alma ao âmago da Verdade. Sem sua atuação, a libertação é impossível, pois ninguém pode renascer espiritualmente sem antes morrer psicologicamente. Os ensinamentos de Yeshua Ha'Meshiach nos guiam a esse caminho, recordando-nos de que o Reino de Deus não está fora, mas dentro de nós. Aquele que busca, encontra; aquele que bate, a porta se abre. E, por essa porta, aguarda a Mãe Divina, estendendo suas mãos para nos levar de volta ao Lar Celestial.

Que todos os Buscadores e Buscadoras se recordem de sua Presença, invoquem-na com amor e trilhem o sagrado Caminho da Consciência com retidão e fervor.


Desde os primórdios da humanidade, os grandes Mestres e Avatares trouxeram à Terra a sagrada ciência da regeneração interior, um ensinamento oculto e perene, transmitido aos que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir. Este ensinamento, embora velado por símbolos e alegorias, sempre foi o mesmo: a necessidade da Morte Psicológica para que a Luz do Mashiach desperte em nosso interior. Yeshua Ha’Mashiach, o Mashiach encarnado, exemplificou essa Verdade com sua própria vida e morte, deixando-nos um caminho a seguir. Antes dele, Buda ensinava a dissolução do ego como meio de alcançar a Iluminação. Hermes Trismegisto falava da purificação dos corpos para que a alma pudesse se unificar ao Espírito. Krishna revelava o desapego e a auto-entrega como chaves para a liberação. Mas o que realmente significa a Morte Psicológica? Por que todos os Mestres apontaram para esse caminho?


Na narrativa dos Evangelhos, vemos que Yeshua carregou sua cruz até o Gólgota, onde foi crucificado entre dois ladrões. Este não foi um simples evento histórico, mas uma chave oculta para os que desejam seguir a senda do Mashiach Íntimo dentro de si. A cruz representa a união dos opostos, o equilíbrio entre forças que, quando harmonizadas, levam à transcendência. Mas para que a cruz cumpra sua função mística, é necessário que o ego, o eu inferior, morra para que a Verdadeira Vida possa ressurgir. Os dois ladrões representam as ilusões da dualidade: um deles se arrepende e busca a redenção (o aspecto de nossa alma que anseia pela libertação), enquanto o outro blasfema (a parte que se apega às sombras do ego e à escravidão dos desejos mundanos). A mensagem é clara: para ressuscitar no Espírito, primeiro devemos morrer psicologicamente.


Nos Evangelhos, Judas Iscariotes vende Yeshua por trinta moedas de prata, Pedro o nega três vezes e Caifás o entrega às autoridades. Estes três personagens simbolizam os três traidores internos que carregamos dentro de nós:

  • Judas representa o desejo pelas riquezas do mundo, o apego às posses e ao materialismo.

  • Pedro simboliza o medo e a ignorância, a mente que vacila e teme a Verdade.

  • Caifás encarna o fanatismo e o falso sacerdócio, a hipocrisia que condena a Luz enquanto se disfarça de pureza.

A Morte Psicológica exige que reconheçamos esses traidores dentro de nós e os eliminemos pela via da Auto-Observação e do Arrependimento Consciente.


Yeshua foi direto ao ponto: “Aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). Negar-se a si mesmo significa aniquilar o ego, eliminar os falsos "eus" que nos prendem às trevas da inconsciência. Este processo é doloroso, pois o ego resiste com todas as suas forças. Como uma entidade astuta e enganadora, ele se disfarça em nossa mente, nos convence de que somos as emoções que sentimos, os desejos que temos, os pensamentos que nos invadem. Mas tudo isso é ilusão. A verdadeira identidade do Ser Humano não está em suas paixões ou crenças, mas sim na sua Divina Presença EU SOU, a centelha de Deus que habita em cada um. Quando o ego é eliminado, essa Luz se expande e ilumina o caminho da Alma.


Nos evangelhos gnósticos, como o de Tomé, encontramos palavras profundas de Yeshua que confirmam a necessidade da Morte Psicológica: “Se não tirardes o que está dentro de vós, o que está dentro de vós vos destruirá.” (Evangelho de Tomé, Logion 70) Aqui, Yeshua revela que os defeitos psicológicos que carregamos dentro de nós são verdadeiras forças destrutivas. Se não as eliminarmos, elas tomarão conta de nossa vida, obscurecendo a consciência e nos afastando da Verdade. Outro ensinamento oculto está no Evangelho de Filipe: “Se a ressurreição não ocorrer enquanto estais vivos, quando morrereis, nada acontecerá.” Isso significa que não devemos esperar a morte do corpo físico para buscar a libertação da alma. A ressurreição do Mashiach Íntimo ocorre ainda em vida, mas só pode acontecer após a Morte Psicológica.


O ego não pode ser eliminado apenas por meio do intelecto ou da vontade comum. É necessário o Fogo Sagrado, o mesmo Fogo Purificador que Yeshua veio trazer à Terra: “Eu vim lançar fogo sobre a Terra, e como gostaria que já estivesse aceso!” (Lucas 12:49). Este Fogo é a energia espiritual capaz de queimar as impurezas internas e regenerar a Alma. Ele se manifesta através da prática da Meditação, do Arrependimento Consciente, da Oração e do uso correto da Energia Criadora. As Escolas de Mistérios sempre ensinaram que o poder da regeneração está na transmutação da energia sexual, pois essa é a força vital que pode tanto escravizar quanto libertar o ser humano. Os grandes Iniciados sempre souberam que o Caminho da Iluminação passa pelo controle desta força e pela sua sublimação para os planos superiores do Espírito.


O Buscador e a Buscadora da Verdade devem compreender que a senda da Morte Psicológica não é para os fracos. Trata-se de um processo árduo, onde enfrentamos nossos próprios demônios internos. No entanto, é o único caminho para a verdadeira liberdade. Como disse Yeshua: “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará.” (João 8:32). A Verdade que liberta não está nos dogmas ou nos credos, mas na experiência direta do Ser. Para isso, precisamos morrer para o falso e renascer no real. Que cada um de nós, inspirado pelo Mashiach Íntimo, tenha a coragem de carregar sua cruz e caminhar rumo à Ressurreição da Consciência. Que a Divina Presença EU SOU brilhe em nós, e que o Fogo Sagrado nos purifique até nos tornarmos um com o Pai Celestial e a Mãe Divina. Amen!


A sagrada senda do autoconhecimento exige do Buscador e da Buscadora um olhar penetrante e implacável sobre si mesmos. Através da auto-observação, revelamos os abismos de nossa psicologia e descobrimos que não somos aquilo que pensamos ser. As personalidades que vestimos, os desejos que nos movem, as emoções que nos consomem e os pensamentos que nos afligem não passam de projeções dos egos que controlam a nossa personalidade no mundo de ilusões, essa entidade parasita que aprisiona a centelha divina que em verdade somos.


O Mestre Yeshua Ha'Meshiach, com sua infinita sabedoria, ensinou que "quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a sua vida por amor a mim a encontrará" (Mateus 16:25). Este ensinamento transcende a interpretação superficial e revela um dos segredos mais ocultos da senda gnóstica: a necessidade da morte psicológica. Elevar-se às esferas superiores do Ser requer o abandono das vestes do ego, das identidades ilusórias e do fardo de incontáveis defeitos psicológicos que obscurecem a luz da Presença Divina EU SOU dentro de cada um de nós. Assim como uma grande árvore depende de suas raízes para se nutrir e crescer, o ego depende dos pequenos "eus" que lhe dão sustento. Cada desejo, cada pensamento negativo, cada emoção descontrolada e cada ato inconsciente nutrem esse monstro interior que nos impede de ver a verdade. O processo da morte psicológica é o ato consciente de cortar essas raízes. Quando uma raiz é eliminada, uma parcela de consciência é libertada. Nos evangelhos apócrifos, o Mestre ensina a seus discípulos: "Se não vos transformardes e vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino" (Evangelho de Tomé, logion 22). A "criança" aqui simboliza a consciência pura, livre das amarras do ego.


A chave para esta grandiosa revolução interior é simples, mas exige perseverança: auto-observação e petição à nossa Mãe Divina. Quando percebemos a manifestação de um defeito psicológico, seja ele um pensamento destrutivo, uma emoção desequilibrada ou um desejo desordenado, devemos imediatamente suplicar com fervor: "Mãe minha, elimina esse defeito, desintegra-o!". O pedido deve ser feito com a força de uma verdadeira necessidade, tal como uma criança clama por sua mãe quando está em perigo. E a Mãe Divina, essa força misericordiosa que habita em nosso íntimo, atenderá prontamente.


Entretanto, devemos estar conscientes de que alguns defeitos estão profundamente enraizados. Defeitos alimentados por anos, décadas ou mesmo vidas passadas possuem uma força que não se desfaz instantaneamente. Se um defeito persiste em se manifestar, continuemos a pedir por sua eliminação com determinação inquebrantável. Cada pedido é um golpe no império do ego. Com o tempo, ele se enfraquecerá até desaparecer completamente.

Este processo de morte psicológica é a verdadeira alquimia espiritual. Assim como o alquimista transmuta o chumbo em ouro, o Buscador e a Buscadora da Verdade transmuta sua escuridão em luz, libertando a centelha divina que sempre esteve ali, aguardando sua redenção.


O verdadeiro objetivo da senda espiritual não é acumular conhecimentos externos ou desenvolver poderes extraordinários, mas sim libertar a consciência e retornar ao Paraíso perdido, àquele estado de pureza original que nos permite habitar no Éden da Consciência Divina. Este estado foi descrito pelo Mestre Yeshua quando disse: "O Reino de Deus está dentro de vós" (Lucas 17:21). Não se encontra em templos externos, rituais ou dogmas, mas sim no silêncio do Ser, na plenitude do Eu Autêntico. O Caminho é prático. Ele exige dedicação, esforço e amor incondicional pela Verdade. Devemos recordar-nos constantemente de nossa Divina Presença EU SOU e clamar por sua manifestação. Somente através da dissolução dos grilhões do ego poderemos despertar do sonho da ilusão e contemplar a Verdade face a face.

Que a Luz da Consciência ilumine vossa senda e que a Mãe Divina vos guie no processo de renascimento espiritual. Que Assim Seja! No Sagrado Divino e Bendito AMOR de nosso Senhor, Rei e Salvador do Mundo Inteiro, aquele que todos os joelhos devem se dobrar, os quadris se curvarem, e a testa se humilhar ao solo em humildade e redenção: Yeshua Ha'Meshiach, o Leão Conquistador da Tribo de Yehudah! Raiz de David Ha'Melech! Amen! Hallellwyah!


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