A CALMA QUE GOVERNA: Silêncio, Guarda Invencível e o Momentum da Graça
- Jp Santsil

- 10 de nov.
- 15 min de leitura
Amado Buscador, amada Buscadora da Verdade,
No Sagrado e Santo Nome do Mais Alto dos altos, EU SOU, escrevo-te sob a ordem viva do Mestre dos mestres, Yeshua Ha’Mashiach, para abrir contigo uma oficina real e cotidiana: a arte de permanecer calmo, obediente e luminoso em meio às palavras ásperas, às tensões da casa, às fricções do trabalho, à agitação das ruas e às tormentas íntimas. O oráculo que nos é dado — e que hoje desejo gravar no teu peito como um selo — ensina:
Deveis esforçar-vos para manterdes tranquila, em todos os momentos, a expressão externa, tanto entre amigos, parentes, sócios ou qualquer outra pessoa de qualquer condição ou idade. Pois, cada vez que surge o desejo de discussão, crítica ou resistência, é sinal de que a inconsciência física está intrometendo-se para chamar a atenção sobre ela. Este é o momento de dar a ordem para observar obediência e silêncio. O importante é que conserveis a calma, a Graça do Amor e Obediência. É inútil discutir, silenciai vosso eu exterior. Quando o estudante já entrou conscientemente no caminho, a menor aparência de resistência ou perturbação indicará que deve decretar: “EU SOU a obediente e inteligente Atividade de Mente e Corpo, EU SOU o Poder que governa e organiza tudo harmoniosamente”. Porém, não posso enumerar os elementos perturbadores das atividades exteriores, pois isto talvez impulsionasse o estudante a uma resistência ou complexo de culpabilidade. Quando os estudantes estiverem suficientemente fortes para escutar essas verdades, elas lhes serão dadas, para não aceitarem ideias de resistência ou tentação de críticas. Cada um deve usar constantemente a declaração: “EU SOU a Guarda Invencível, estabelecida e sustentada em minha mente, meu corpo, minha casa, meu mundo e meus assuntos”. Este Guardião, a Presença “EU SOU”, naturalmente é Infinita Inteligência. Essa consciência estabelecerá a guarda de atividade inteligente, que não deverá ser repetida constantemente, uma vez que tal impulso foi estabelecido, isto é o Momentum. (O LIVRO DE OURO DE SAINT GERMAIN: A Sagrada Alquimia do EU SOU)
Estas linhas não são adorno devocional: são engenharia espiritual. O que chamamos “tranquilidade” não é apatia; é autoridade mansa. O que chamamos “silêncio” não é omissão; é obediência inteligente à Presença. O que chamamos “Guarda Invencível” não é paranoia defensiva; é memória viva do Nome que rege tua mente, teu corpo, tua casa, teu mundo e teus assuntos — para que tudo se organize em harmonia. E o que chamamos “Momentum” não é automatismo místico; é trilho aberto pela repetição fiel e consciente, até que a graça se torne costume e o costume se torne cultura interior.
Quero, pois, conversar contigo como quem acende lamparinas num corredor antigo: uma a uma, com paciência, até que o corredor inteiro fique claro. Caminharemos por quinze salas: (1) O Silêncio que governa; (2) A Obediência que organiza; (3) A Presença que guarda; (4) A Ciência do Momentum; (5) O Corpo que aprende calma; (6) A Palavra que abre caminhos; (7) A Casa que vira templo; (8) O Trabalho como liturgia; (9) A Cidade como claustro; (10) O Discernimento entre calar e consentir; (11) A Justiça que não vinga; (12) Alquimia da serenidade; (13) Sefirot da guarda; (14) Ritmos de Enoque; (15) Uma prática e uma oração para selares o dia. Em cada sala, o Mashiach (Cristo) ilumina; Davi canta; Sócrates pergunta; Lao Tsé amacia; Hermes estrutura; Krishna equilibra; Sidharta aquieta; Zaratustra alinha; a Kabbalah mapeia; o Sufi lembra; Enoque marca o compasso.
Silêncio, nos lábios do discípulo, não é retraimento social: é coroa da mente obediente. “Aquietai-vos e sabei que EU SOU Deus” (Sl 46) não convida à passividade — ordena-te ao centro. No Evangelho, Yeshua cala quando o ruído busca apenas espetáculo (Herodes, Pilatos), e fala apenas o que organiza: “Meu Reino não é daqui.” O silêncio do Mashiach (Cristo) não foge: suspende a tempestade de reatividade para que a Voz da Verdade seja nítida.
Sidharta Gautama chamaria isso de Atenção Correta: ao perceber a contração do peito e o impulso de rebater, retorna-se ao sopro; a mente observa o desejo de discutir como evento que passa, e não como senhor que manda. Lao Tsé permitirá outra lente: a água vence a rocha porque não compete; flui, contorna, prossegue — e vence.
Obedecer à Presença — EU SOU — é afinar-se com a Inteligência que já sabe o caminho do bem naquela situação. Obedecer não é ceder ao capricho de pessoas; é submeter-se ao Melhor do Alto, mesmo quando fere o nosso orgulho. “Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu” é o arquidecreto. Quando declaras: “EU SOU a obediente e inteligente Atividade de Mente e Corpo”, tu pedes — e permites — que a Vontade boa regule teus nervos, ritmo, olhar, gesto, para fazer o bem que convém agora.
Krishna, no Gītā, pinta este estado: agir com perícia, mente no Eterno, desapego do fruto — e Ele ordena os resultados. Zaratustra dá o prumo: bons pensamentos, boas palavras, boas ações; eis a Asha (ordem verdadeira). Obediência é a peça que liga o pensamento à palavra e a palavra à ação: sem ela, a alma patina.
“EU SOU a Guarda Invencível, estabelecida e sustentada em minha mente, meu corpo, minha casa, meu mundo e meus assuntos.”
Guarda é recordação operante. No caminho sufi, chama-se dhikr: lembrar do Nome até que o Nome te lembre. No hebraico, shomer guarda portas. A Guarda que invocamos é Inteligência Infinita instalando porteiros bons nas cinco portas do teu dia:
* Mente: o que entra e o que sai. (Fantasias, ironias, fúrias: entrada negada.)
* Corpo: postura, respiração, sono, alimento, movimento. (Sem corpo docilizado, não há mente obediente.)
* Casa: palavra limpa, afeto respeitoso, mesa de bênção, objetos com propósito. (Menos acúmulo, mais paz visual.)
* Mundo: serviço, justiça, cortesia. (A cidade sente quando tu te lembras do Nome ao atravessar a rua.)
* Assuntos: prioridades claras, horários respeitados, promessas cumpridas, “nãos” mansos. (Guarda também é limite.)
O Momentum é o trilho de graça que se forma quando um decreto verdadeiro é repetido com consciência e caridade até se tornar reflexo. Não é superstição; é neuroespírito educado. O corpo aprende a respirar o Nome; a mente aprende a buscar o Alto antes de se inflamar; a palavra passa por filtro de bondade e verdade antes de sair. Assim um dia vira dois, depois sete, depois quarenta, e de súbito tens uma cultura interior: a paz deixa de ser visita e se torna moradora.
Hermes Trismegisto diria: sela teu vaso — evita o vazamento da intenção com conversas dispersivas. Tiago confirma: “O homem de coração dividido é inconstante.” Momentum é unidade de direção.
Teu corpo é aliado, não entrave. Quando o impulso de discutir chamar, o corpo obedece primeiro:
1. Respiração EU/SOU: 5 a 9 ciclos.
2. Eixos: relaxa mandíbula; solta ombros; amacia olhar.
3. Pés: sente o chão.
4. Nome: “EU SOU” ao inspirar; “paz que governa” ao expirar.
O Salmo 131 nos ensina a imagem de uma criança desmamada: é o corpo educado a confiar. Sidharta chama de samatha (acalmar); a Bíblia de descanso; a alquimia, de nigredo pacificado — a noite que, reconhecida, não engole.
“A resposta branda desvia o furor” (Pv 15). “Seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1). A palavra do discípulo não é o que descarrega emoção; é abridora de caminhos. Perguntas simples transformam brigas em pontes:
* “O que você de fato precisa agora?”
* “Qual seria um bom primeiro passo que eu posso dar?”
* “Posso te ouvir com calma se falarmos um de cada vez?”
Sócrates dá a peneira: é verdadeiro? útil? belo (no sentido de digno)? Se falhar em uma, cala mais um pouco.
Casa sem guarda vira praça de guerra. Casa guardada vira ofício do Alto. Estabelece ritos mínimos:
* Manhã: leitura breve (Salmos 23, 27, 121, por exemplo), respiração, bênção da mesa.
* Meio-dia: pausa de 3 min de EU/SOU; reconciliações micro.
* Noite: revisão do dia (Agradeço–Aprendo–Ajusto).
Em desavenças: interrompe gritos, propõe hora e lugar para conversar, leva água, usa “eu” em vez de “você sempre”, termina com um sim concreto (pequeno acordo prático).
Trabalho é altar. Guarda que não chega ao ofício não é guarda; é fuga. Chega antes, cumpre prazos, organiza agenda, envia mensagens claras e bondosas. Em reuniões tensas: pauta curta, tempo definido, sinal de mão para os turnos de fala, resumo final com próximos passos. Uma equipe que aprende a calar antes de reagir economiza rios de energia.
A rua pode ser claustro, isto é, lugar de oração em ação. Caminha com dhikr (Nome lembrado), cumprimenta, abre portas, cede passagem, recolhe um lixo, compra de pequenos, protege os vulneráveis. Propõe protocolos de paz na escola, na vizinhança, nos grupos — e topa servir. “EU SOU a guarda invencível nesta esquina” é decreto que pede pés.
Silêncio não é conivência. Yeshua calou diante de zombaria, mas falou com vigor contra a hipocrisia que oprimia. Guarda é misericordiosa e justa: diz não com mansidão firme; denuncia com sobriedade; protege quem precisa; não entra em fofocas; não varre abuso para baixo do tapete. O padrão: calma primeiro, verdade depois, caridade sempre.
A ira “não produz a justiça de Deus” (Tg 1). Justiça é reparação com dignidade, não desforra. O discípulo busca processos: ouvir todas as partes, propor caminhos de restituição, instituir limites e acordos. Zaratustra volta a acenar: bom pensamento, boa palavra, boa ação — a tríade que cura. Krishna lembra a equanimidade: agir sem ódio é a marca do coração alto.
A serenidade é uma obra:
* Nigredo: reconhece o tumulto: “Estou irritado, triste, farto.”
* Albedo: lava no Nome: respira, declara: “EU SOU a paz que governa.”
* Citrinitas: clareia propósito: “Qual bem possível aqui?”
* Rubedo: age: telefonema justo, pedido de perdão, limite, organização, serviço concreto.
Hermes ensina a “separar o sutil do espesso”: identifica a dor legítima (sutil) e o veneno acumulado (espesso). Cura uma; descarta o outro.
Na Kabbalah, harmoniza:
* Chesed (graça): dá margem para o erro do outro sem o eximir da responsabilidade.
* Gevurah (limite): estabelece fronteiras claras.
* Tiferet (coração): une graça e limite com beleza ética.
* Netzach (constância): insiste no bem.
* Hod (clareza): comunica simples.
* Yesod (fundamento): fidelidade aos acordos.
* Malkhut (reino): realiza no concreto — agenda, tarefas, cuidado da casa e da cidade.
A Guarda Invencível é este campo bem administrado.
Enoque viu “portas de ventos” e ciclos. Há hora de falar e hora de calar (Ecl 3). Observa o ritmo da conversa: em ascensão de calor, não decidas; marca nova hora (“Podemos retomar às 16h?”). Há ventos favoráveis (coração aberto) e contrários (defesas altas). A guarda sabe esperar o vento certo — sem manipular, sem desistir.
* Salmos: “Põe, Senhor, um guarda à minha boca” (Sl 141).
* Evangelhos: “A paz vos deixo, a minha paz vos dou.”
* Tomé (dito antigo): “Se fizeres sair o que está em ti, isso te salvará.” — Faz sair a paz, não o veneno.
* Sufismo: adab — etiqueta sagrada: como dizer, quando, em que tom.
* Sócrates: vida examinada; pergunta antes da fala.
* Lao Tsé: suavidade que vence a dureza.
* Krishna: equanimidade; oferta do ato.
* Zaratustra: alinhamento do pensar, falar e agir.
* Hermes: selar, transmutar, ordenar.
Tudo aponta para o Coração do Mashiach (Cristo), onde silêncio, obediência e guarda são amor em operação.
Há um primeiro segundo — tão breve quanto um piscar de olhos — em que a vida te provoca: um comentário áspero, uma imputação injusta, um olhar de desprezo, uma notícia angustiante. É aí que nascem as guerras ou as pazes. O primeiro segundo é o altar onde consagramos a reação ao ego ou a resposta ao Alto. O oráculo manda: “dai a ordem de obediência e silêncio.”
Não é omissão; é governo. O silêncio aqui é cadeado do eu exterior e portal para a Inteligência Infinita falar primeiro.
Yeshua Ha’Mashiach viveu essa arte. No pátio do sumo sacerdote, não se defendeu de acusações teatrais; diante da turba com pedras, inclinou-se e escreveu no chão (gesto que desarma e organiza o campo); no lago agitado, não discutiu com o vento: ordenou “Aquieta-te!” (Mc 4). Se Ele calou, calou para ouvir o Pai; se Ele falou, falou para organizar. Aprende o protocolo do Reino: ver → calar → invocar → dizer → agir.
Obedecer não é curvar-se ao capricho humano: é afinar-se com a Vontade boa do Pai-Mãe de todas as coisas. “Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6) é mais do que oração: é tecnologia espiritual. Quando decretas: “EU SOU a obediente e inteligente Atividade de Mente e Corpo”, tu convidas a Sabedoria para regular tua frequência nervosa, teu tom de voz, tua postura, teu olhar e, sobretudo, o rumo de tua palavra.
Krishna, no Bhagavad Gītā, descreve esse estado como agir com perícia, lembrando do Eterno e desapegando-se do fruto; Ele purifica e ordena a obra.
Zaratustra assenta o prumo: bons pensamentos, boas palavras, boas ações — a tríade que evita que teu zelo vire ira e que tua prudência vire covardia.
“EU SOU a Guarda Invencível, estabelecida e sustentada em minha mente, meu corpo, minha casa, meu mundo e meus assuntos.”
O oráculo nomeia o sabotador: “a inconsciência física” — aquela combinação de adrenalina, memória de feridas e ego desejoso de público. Sinais: aperto no peito, mandíbula dura, dedos inquietos, olhar de caça. Remédio imediato:
* Respiração EU/SOU (9 ciclos): inspira EU, expira SOU.
* Desarme muscular: ombros soltos, pescoço livre, olhar manso.
* Decreto (3x): “EU SOU a obediente e inteligente Atividade de Mente e Corpo; EU SOU o Poder que governa e organiza tudo harmoniosamente.”
Este tripé (sopro, corpo, verbo) reinstala em segundos a tua cadeira de governo.
Salmos educam a boca: “Põe, Senhor, um guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Sl 141). “Em silêncio e esperança está a vossa força” (cf. Is 30, ecoado pela tradição).
Nos Evangelhos, o Mashiach (Cristo) não discute com quem não quer verdade; serve quem deseja cura; confronta quem oprime o pequeno; acolhe quem vem à noite (Nicodemos) e visita quem sobe à figueira (Zaqueu).
Nos textos gnósticos, ecoa-se a ideia de recordação: o mal nasce do esquecimento; o Nome desperta a origem. O Evangelho de Filipe joga luz em uma máxima: “O poder sai daqueles que sabem quem são”; o discípulo EU SOU lembra-se — e cala o eu exterior.
Enoque nos empresta o senso de ritmo e órbitas: há portas de ventos, tempos de luminares, medidas. A Guarda Invencível aprende hora e tom: existem palavras verdadeiras no tempo errado — e isso desorganiza.
* Sócrates: vida examinada; pergunta tríplice antes da frase: É verdadeiro? É útil? É digno (belo)?
* Lao Tsé: a água vence a rocha por perseverança mansa; teu tom pode salvar aquilo que tua razão destruiria.
* Zaratustra: bom pensamento → boa palavra → boa ação; não permitas que a pressa quebre essa ponte.
* Sidharta: Atenção Correta — olha a raiva de fora, como nuvem: deixa-a passar.
* Krishna: equanimidade — ação justa sem veneno emocional; oferece o ato e caminha.
* Hermes: separa o sutil do espesso — discerne a dor legítima (que pede cuidado) do veneno acumulado (que pede purificação).
Sem clima, não há guarda que resista. Torna tua casa escola de serenidade:
* Ritos breves: um salmo de manhã (p.ex., 27; 121), uma bênção à mesa, um minuto de EU/SOU antes de conversas difíceis.
* Linguagem pactuada: “um fala por vez”, “sem rótulos”, “combinamos uma ação no final”.
* Higiene visual: menos objetos gritando; canto de oração; música que eleva.
* Reparos rápidos: “Perdão” não espera a noite; restituições são ativas.
Miriam (Maria) guardava e ponderava no coração (Lc 2): esse é o trabalho invisível que ordena a casa por dentro.
A calma não é melancolia: é perícia. Em equipe, adota rituais de paz: pauta objetiva, tempo definido, síntese e próximos passos; mensagens claras (sem ironias); pausas de 3 minutos de respiração antes de decisões tensas.
Na praça, sê diplomata do Reino: cumpre horários, cede passagem, não alimenta boatos, intervém com respeito diante de injustiças, protege vulneráveis, serve sem holofotes.
Calar para escutar o Alto não é consentir com o mal. O Mashiach (Cristo) calou diante de zombadores, mas falou com firmeza contra a opressão. Guarda não é neutralidade: é justiça com mansidão. Diretrizes:
* Abuso: nomeia, protege, aciona processos.
* Fofoca: não entra; troca por intercessão ou orientação.
* Mentira: corrige com fatos e tom estável; oferece verificação conjunta.
* Conflito: busca mediação; aceita limites; não negocia a dignidade.
* Nigredo — reconhecer a sombra: “Sinto raiva, crítica, resistência.”
* Albedo — lavar no Nome: respira, declara, purifica a imagem mental.
* Citrinitas — clarear propósito: “Qual o bem possível agora?”
* Rubedo — agir: telefonema construtivo, pedido de perdão, definição de fronteira, organização do ambiente.
Hermes lembraria: coze a massa com fogo manso e constante — pressa queima, demora azeda.
Chesed (graça) e Gevurah (limite) abraçados em Tiferet (coração belo) geram Netzach (constância) e Hod (clareza); isso estabiliza Yesod (fidelidade) e verte em Malkhut (vida concreta). Traduz: sê misericordioso sem ser ingênuo; estabelece fronteiras sem ser cruel; comunica simples; persevera no pequeno; cumpre acordos; realiza no prático. A Guarda Invencível é governo bem distribuído.
Nem toda convocação merece tua presença. Três posturas:
1. Pressa alheia: “Eu preciso de 5 minutos para te ouvir bem.” (E respira.)
2. Isca de conflito: “Não entro nessa forma de conversa; posso te ajudar de outro jeito.”
3. Desqualificação: não te justifiques demais; sinaliza fatos e segue produzindo frutos (eles falam por ti).
Se caíste, não te tornes síndico do entulho. Confessa, recebe perdão, restitui, retoma rituais. A Guarda Invencível requer humildade: terapia quando necessário, medicina quando indicada, estudo da Escritura sempre. Tiago sentencia: “a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1,20). Justiça real é reparação com dignidade.
* Davi: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque Tu me fazes repousar seguro” (Sl 4).
* Lao Tsé: quem conhece o masculino guarda o feminino; quem conhece a força escolhe a suavidade — e permanece.
* Krishna: querido Me é o equânime, o que não odeia ninguém e é amigo de todos (cf. Gītā 12).
* Sidharta: Mettā (benevolência) e Karunā (compaixão) como musculaturas do coração.
* Zaratustra: alinha pensar, falar e agir — e estarás no Asha.
* Hermes: “Como em cima, assim embaixo”: lembra-te do EU SOU e a terra te obedecerá no que é necessário e justo.
* Sufi: adab — etiqueta sagrada; como dizer é parte do que dizer.
* Sócrates: pergunta antes de responder; cuida da alma antes da reputação.
Tudo converge para Yeshua, Coração do Reino: manso e forte, silencioso e contundente, obediente até o fim — organizador de tempestades, pacificador de casas, curador de relações, guardião dos pequenos.
1. Onde hoje precisarei calar para escutar e falar para organizar?
2. Qual decreto servirá ao meu coração nas próximas horas?
3. Que fronteira amorosa preciso estabelecer?
4. Que gesto prático confirmará meu decreto (telefonema, reparo, agenda, ordem no ambiente)?
5. Por quem serei guarda hoje (criança, idoso, colega, desconhecido)?
Responde agora com um passo pequeno. O Céu prefere passos pequenos fiéis a promessas grandes sem fruto.
Guarda esta imagem: um leão repousando ao lado de um cordeiro no teu peito. O leão é tua coluna; o cordeiro, tua mansidão. A calma soberana não é fraqueza; é força sob freio. “EU SOU a Guarda Invencível” é juramento de serviço, não medalha de vaidade. Quando pisares, clarea; quando falares, organiza; quando calares, intercede.
Agora, recebe o *Rito Breve de Decreto* e a *Oração Forte* para selar teu Momentum no dia de hoje.
Postura: sentado(a) ou em pé, coluna ereta, pés no chão.
Sinal: mão direita sobre o coração; esquerda aberta sobre a perna, receptiva.
1) Ancoragem (1x, lenta):
“No Santo Nome EU SOU, submeto minha mente e meu corpo à Tua Vontade boa.
Obedeço para governar, calo para escutar, falo para construir, harmonizar e educar.”
2) Respiração EU/SOU (9 ciclos):
Inspira EU; expira SOU. Sente ombros soltarem, maxilar afrouxar, olhar amaciar.
3) Decreto de Inteligência e Governo (3x):
EU SOU a obediente e inteligente Atividade de Mente e Corpo.
EU SOU o Poder que governa e organiza tudo harmoniosamente.
4) Instalação da Guarda (1x, cinco frentes):
EU SOU a Guarda Invencível em minha mente, em meu corpo, em minha casa, em meu mundo e em meus assuntos.
Está estabelecida e sustentada.
5) Caso prático (30–60s):
Traz à mente uma conversa/situação sensível de hoje.
Pergunta: “Qual é a próxima palavra que constrói?”
Se a resposta for silêncio, aceita-o como palavra.
6) Benção dirigida (1x):
“No Nome EU SOU, abençoo (NOME/ASSUNTO) com paz organizada, verdade clara e passo justo.”
7) Selo-Momentum (3x):
“Está feito, está firmado, está selado — no Nome EU SOU.”
Permanece 60–90s no Grande Silêncio.
Altíssimo Pai-Mãe, Fonte de Luz e Ordem,
no Sagrado Nome EU SOU eu me prostro e me ergo.
Tu és a Paz que não perde governo,
a Sabedoria que não perde ternura.
Coloca em mim a Guarda Invencível:
na minha mente — clareza;
no meu corpo — ritmo;
na minha casa — benção;
no meu mundo — serviço;
nos meus assuntos — justa organização.
Em Yeshua Ha’Mashiach, renuncio
à discussão que infla o ego,
à crítica que fere,
à resistência que endurece,
à omissão que se disfarça de prudência.
Declaro e recebo:
EU SOU a obediente e inteligente Atividade de Mente e Corpo;
EU SOU o Poder que governa e organiza tudo harmoniosamente;
EU SOU a Guarda Invencível que vela por mim e pelos meus.
Dá-me a mansidão firme que acalma tempestades,
a linguagem clara que abre caminhos,
o silêncio orante que não abandona,
o ato simples que confirma a fé.
Concede-me a sabedoria dos antigos:
a atenção de Sidharta para ver sem reagir;
a equanimidade de Krishna para agir sem veneno;
a retidão de Zaratustra para alinhar pensar, falar e fazer;
a arte de Hermes para selar e transmutar;
a brandura de Lao Tsé que vence por água;
a consciência de Sócrates que guarda a alma examinada;
a estrutura da Kabbalah para harmonizar graça e limite;
a recordação do caminho sufi que mantém o Nome em brasa;
e, acima de tudo, o Coração do Mashiach (Cristo),
onde a Verdade é doce, a Justiça é bela e a Misericórdia é forte.
Abençoa, Senhor, meus amigos, parentes, sócios e todos os que encontrarei hoje:
que minha presença seja ponte,
minha palavra, luz,
meu silêncio, colo,
meus gestos, ordem e esperança.
Confio-Te meu dia e agora saio para servir:
Está feito, está firmado, está selado — no Nome EU SOU.
Amen!
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