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O Grande Silêncio do EU SOU: onde o Invisível trabalha sem demora

Amado Buscador e Amada Buscadora da Verdade,


No Sagrado Nome do Mais Alto dos altos, sob a ordem divina do Mestre dos mestres Yeshua Ha’Mashiach, envio-te esta carta como quem acende um braseiro no coração do templo. Que cada linha seja uma escada para dentro, um sino de chamada ao Grande Silêncio, esse recinto vivo onde a Presença EU SOU opera com a máxima atividade do CRIADOR. É ali — não nas bordas ruidosas da mente — que a obra se cumpre sem espera, porque no Espírito o poder atua instantaneamente. Se aceitares esta chave com júbilo, grandes revelações te visitarão.


O ensinamento-base que ancoramos hoje é cristalino: quando reconheces “EU SOU”, tua consciência atravessa o véu e entra no Grande Silêncio; ali, as ordens do Altíssimo são executadas com precisão e misericórdia. E, assim como toda habilidade externa se aperfeiçoa com a prática, quanto mais exercitares a atividade interior, mais poder manifestarás — e mais depressa. Aprende, então, a mover-te por dentro com disciplina amorosa, pois o Movimento Maior (a decisão do Alto, a vibração do EU SOU) torna o movimento menor (ansiedades, resistências, ruídos) imperceptível até extingui-lo.


Quero falar-te desse Silêncio que não é ausência, mas plenitude operante; desse instante obediente em que a Vontade do Pai-Mãe passa do invisível ao visível como quem respira. Convido-te a um mapa prático, místico e ético para estes dias de tribulação, quando quem está limpo se purifica mais e quem está sujo se suja ainda mais: permanece no Silêncio criador do EU SOU, e verás o que os olhos cansados não alcançam.


Yeshua retirava-se de madrugada para lugares solitários (Mc 1:35; Lc 5:16). Não buscava fuga, mas o centro de governo. O mundo chama esse lugar de vazio; os profetas, de “vozerio manso e delicado” (1Rs 19:12). Ali, a mente aquieta a espuma e o coração recorda Quem vive nele. Silêncio aqui não é mutismo: é acordo sem ruído. É aquilo que o sábio descreveu: “Na conversão e no sossego está a vossa salvação; na quietude e na confiança, a vossa força.” (Is 30:15).


No Grande Silêncio, tu não impões; concordas. Não arrancas; acolhes. Não fabricas; reconheces. E esse reconhecimento é verbo: quando dizes, por dentro, “EU SOU”, a tua pequena vontade se inclina à vontade maior — e o céu se move. O Movimento Maior é a decisão silenciosa do Altíssimo; encosta-te a Ele e verás os movimentos menores (medo, pressa, culpas, resistências) tornarem-se tão sutis que se desfazem.


Sabes que habilidades externas melhoram com repetição consciente. Quanto mais treinas, mais natural fica. Assim também na interioridade: quanto mais praticas o reconhecimento do EU SOU, mais veloz e estável se torna a manifestação. Há uma musculatura invisível — atenção, entrega, obediência — que se fortalece. A mente aprende a ceder, o coração aprende a firmar-se e as mãos aprendem a servir.


Faz do teu dia um noviciado simples:


Ritmo de pausas: pequenas voltas ao Silêncio (um minuto) entre tarefas.

Respiração do Nome: inspira murmurando “EU”, expira murmurando “SOU”.

Olho simples: fixa a atenção num bem (verdade, justiça, compaixão) até sentir que ele te fixa de volta.


Resultado: a cada retorno, a casa interna organiza a mesa; a Presença retoma o centro; o ruído perde jurisdição.


O tempo do Espírito é “agora”. “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5:17). No nível da Graça, não há burocracia: há consentimento. Quando consentes, o fluxo passa. Muitas vezes não verás a forma pronta no segundo seguinte — mas a causa está estabelecida, e o caminho abre-se. Apressar-se é tentar forçar o fruto verde; confiar é manter o caule firme e deixar a seiva subir. Instantâneo não significa “apressado”; significa “sem impedimentos internos”.


Para que não te percas, dai nome aos cômodos do santuário:


1. A Coluna (Fé lúcida) — onde dizes: “EU SOU” com entendimento; firmeza sem dureza.

2. A Lâmpada (Visão) — onde vês o que Deus vê, não o que o medo pinta.

3. O Altar (Entrega) — onde confias e descansas, sem fiscalizar o céu.

4. A Porta (Ação) — onde sais para servir, dando corpo ao que recebeste.


Percorre-os sem pressa. A cada travessia, o Movimento Maior se acende e os menores se calam.


Salmos: “Somente em Deus a minha alma se aquieta; d’Ele vem a minha salvação.” (Sl 62:1). Não é passividade; é ponto de apoio.

Profetas: Habacuque sobe à torre (Hc 2:1) — alto e silêncio para ouvir.

Yeshua: “Deixo-vos a minha paz; não vo-la dou como o mundo a dá.” (Jo 14:27). Paz que opera.

Evangelhos gnósticos: O Evangelho da Verdade fala do descanso que cura a ignorância — descanso atuante, não torpor.

Livro de Enoque: nas Parábolas, o “Filho do Homem” julga com justiça — sem barulho de espadas, mas com poder que estabelece.

Buda: o coração pacificado vê as coisas como são — clareza que liberta.

Krishna (Gita 6): o yogue recolhe a mente e permanece em união — equilíbrio que age.

Zaratustra: Vohu Manah (o Bom Pensamento) abre a via para Asha (Ordem) — alinhamento interior precede a ordem externa.

Hermes (Poimândres): o Nous derrama luz quando a alma silencia — inteligência do Alto.

Lao Tsé: o sábio opera sem contenda; o grande rio flui porque não disputa.

Sócrates: a atenção ao daimon interior — escuta que guia.


Diferentes línguas, a mesma música: o Silêncio do EU SOU é oficina de obras.


No vocabulário da Kabbalah, reconheces o EU SOU em Keter (Vontade), contemplas em Chokhmah/Biná (Visão/Compreensão), transferes por Yesod (Fundação), confirmas em Malkuth (Reino). Na alquimia, é o giro de ignição (verbo), sutileza (visão), cozimento (confiança), rubedo (ação). Não te prendas aos nomes: são ponteiros para o mesmo relógio.


A mente levanta ventos rasos: “e se não der certo?”, “e se me faltarem meios?”, “e se me rejeitarem?”. O Movimento Maior — a lembrança do EU SOU — ergue a maré. E o que faz a maré? Torna o vento irrelevante. Não precisas lutar com cada sopro. Ergue a maré. Como?


* Recorda o Nome (breve).

* Retoma a visão (uma cena).

* Entrega (um suspiro).

* Dá um passo (um gesto).


Repete o ciclo com mansidão e verás as rajadas virarem brisa obediente.


O Silêncio do EU SOU não legitima caprichos. A vontade menor deve curvar-se à Vontade que é Amor. Purifica o pedido: “Isto eleva apenas a mim ou a muitos? Serve à verdade? Fere alguém?” O que nasce limpo chega limpo. O que nasce torto atrai torção.


Zoroastro insistia: bons pensamentos, boas palavras, boas ações. Yeshua selou: “Seja o vosso falar: sim, sim; não, não.” (Mt 5:37). No Silêncio, teu sim fica inteiro e teu não fica claro.


Entrar: senta-te, coluna ereta, olhos cerrados. Respira 7 vezes lento.

Reconhecer: “EU SOU a Presença viva em mim, atividade do Criador agora.” Deixa a frase dizer-te.

Ver: contempla o resultado (não o caminho): a reconciliação feita, a justiça estabelecida, a decisão clara, o corpo restaurado, a provisão honesta. Acrescenta textura (som, luz, cheiro), mas mantém simplicidade.

Silenciar: abandona imagens; repousa no ser. Se vierem pensamentos, volta macio: “aqui, EU SOU”.

Consentir: “Pai-Mãe, grato. Está firmado no Alto.”

Sair para servir: anota uma micro-ação e cumpre-a hoje.


Cumprida a liturgia, não fiscalizes. Vive atento aos sinais discretos: uma lembrança útil, alguém que surge, uma porta que abre, uma correção interna. A Graça trabalha quando não invades a oficina.


As sombras são ruidosas. Barulho é tática de dispersão. Não ofereças tua mente como praça pública ao pânico. No Livro de Enoque, justiça vem sem trombeta de ego: o Altíssimo coloca cada coisa no seu lugar. Mantém-te limpo: o Silêncio é banho; confiante: o Silêncio é chão; operante: o Silêncio é oficina.


Quem está limpo, que se purifique ainda mais: usa o Silêncio para lavar intenções. Quem está sujo, sujar-se-á mais: o ruído pedirá sempre mais ruído. Tu, porém, escuta o passo de Deus na brisa.


Vigiar: guarda a porta dos pensamentos — não hospedes ladrões.

Filtrar: todo desejo passa pelo crivo verdade/amor/justiça.

Firmar: quando vier a onda, recorda o Nome e respira.

Servir: o milagre em ti deve alimentar alguém ao lado.


A cada dia, pergunta: Quem foi mais amado porque permaneci no Silêncio? Então saberás que não praticaste para ti apenas.


Negócios: problema de fluxo? Reconhece: “EU SOU a ordem e a transparência neste empreendimento.” Vê planilhas íntegras, parceiros satisfeitos, contratos justos. Silencia e corrige uma prática hoje (um custo oculto, uma promessa frouxa, um prazo desonrado). O Movimento Maior pede gestos justos.


Família: conflito antigo? Reconhece: “EU SOU a paz que reconcilia.” Vê mesa posta, palavras limpas, abraço possível. Silencia o orgulho e faz a ligação que adiaste. Se não te atenderem, bendiz e guarda a porta aberta.


Corpo: cansaço ou dor? Reconhece: “EU SOU a vida que reorganiza.” Vê órgãos brilhando, sono reparador, alegria sóbria. Silencia queixas e honra o corpo (água, descanso, movimento; e se preciso, consulta séria). Fé não é fuga da responsabilidade.


Cidade: corrupção te fere? Reconhece: “EU SOU a Presença que preenche cargos com pessoas justas.” Vê conselhos retos, licitações limpas, ruas seguras. Silencia o cinismo e age: vota com consciência, fiscaliza, educa, socorre o próximo.


Não digas: “eu sou doente”, “eu sou azarado”, “eu sou incapaz”. Isso amarra o Nome ao transitório. Aprende a distinguir: podes dizer “sinto dor”, “enfrento um obstáculo” — sem jamais emprestar o EU SOU àquilo. Usa-o apenas para o que o Altíssimo é em ti: vida, luz, sabedoria, justiça, compaixão. A boca guarda a casa.


Se tropeças, recomeça pequeno. Um minuto de Silêncio é suficiente para que o Movimento Maior te reencontre. Faz como o salmista: “Em Ti, ó Deus, está o meu descanso”; como o profeta: “Ficarei na minha torre e vigiarei”; como o Mestre: retira-te um pouco. O céu não condena quem retorna — acolhe.


Grava no íntimo: “Com o Espírito, o poder atua instantaneamente.” Quando consentes ao EU SOU, a causa se acende no Alto; e, acesa, nada poderá impedir que se faça no tempo devido. Não há espera na torre; há gestação na planície. O que muda não é a fidelidade de Deus, mas a tua capacidade de sustentar a luz sem desperdício. Pratica, e verás.


Fecha os olhos, mão direita sobre o coração, respiração tranquila:


“EU SOU o Grande Silêncio operante em mim,

EU SOU a atividade perfeita do Criador agora,

EU SOU o Movimento Maior que extingue todo ruído menor,

EU SOU a visão clara, a confiança plena e a ação justa.

Está firmado no Alto e se cumpre no chão. Amén!.”


Diz uma vez só, com presença. Depois silencia e cumpre um gesto coerente hoje.


Altíssimo Pai-Mãe, Fonte que trabalha sem cessar,

no Nome santo de Yeshua Ha’Mashiach eu entro no Grande Silêncio.

Consagro-Te minha mente que divaga, meu coração que treme,

minhas mãos que vacilam.


Instala em mim o Movimento Maior:

que a Tua Vontade — luz mansa e vitoriosa —

torne imperceptíveis todos os movimentos menores

até extingui-los de vez.


Que a minha boca só una o EU SOU ao que Tu és;

que o meu olhar veja o que Tu vês;

que a minha confiança descanse onde Tu descansas;

que a minha ação traduza a Tua obra.


No meu lar, EU SOU paz que reconcilia;

no meu ofício, EU SOU justiça que organiza;

no meu corpo, EU SOU vida que reordena;

na minha cidade, EU SOU luz que purifica cargos e conselhos.


Obrigado, Pai-Mãe: no Alto está feito.

Eu me levanto para cumpri-Lo no chão.

Porque EU SOU em Ti, e Tu ÉS em mim,

agora e sempre.


Amén!


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