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Santo Fogo do Amor: sexualidade sob governo do Espírito — do impulso ao sacramento, da memória à criação

Amado Buscador, amada Buscadora da Verdade,


No Sagrado e Santo Nome do Mais Alto dos altos, EU SOU, escrevo-te sob a ordem viva do Mestre dos mestres, Yeshua Ha’Mashiach, para abrir, com reverência e lucidez, uma porta que muitos temem atravessar: a consciência sexual como lugar de santificação, governo e criação. Toca esta carta como quem entra descalço em terra santa. O assunto é sensível porque é sagrado; é profundo porque é fontal; é exigente porque, mal tratado, fere; bem cuidado, cura, une e gera vida.


O oráculo que nos guia é direto:


> “Sempre que vos pareça haver uma errônea atividade sexual, procurai compreender e elevar a consciência da pessoa para um ideal, a fim de controlar o pensamento, de modo que a atividade sexual possa ser submetida ao autocontrole. O uso correto e puro do sexo na expressão do Amor para a criação de um novo SER deve ser puro de tal modo, que a alma ao nascer possa ter um caráter e temperamento harmonioso e amoroso. O pensamento e sentimento dos pais são a atividade modeladora do princípio de vida no SER que nasce, que é somente Amor.” (O LIVRO DE OURO DE SAINT GERMAIN: A Sagrada Alquimia do EU SOU)


Esta carta é um manual do coração para transmutar confusão em clareza, culpa em consagração, impulso cego em ritmo amoroso. Não é moralismo; é ciência espiritual aplicada. Não é apologia de repressão; é governo manso da energia criadora. Não é convite ao julgamento; é chamado à elevação. Onde houver sombra, haverá luz suficiente. Onde houver excesso, haverá medida. Onde houver medo, haverá caridade e verdade.


A sexualidade é uma linguagem pela qual a vida diz a si mesma: “vive”. Gênesis canta: “Sejam fecundos e multipliquem-se.” No mesmo alento, vemos que “ambos estavam nus e não se envergonhavam” — isto é, havia clareza, paz, alinhamento. Vergonha e fuga só aparecem depois da fratura da confiança. No Mashiach (Cristo), o Verbo se faz carne para nos reconduzir à clareza: não para negar o corpo, mas para integrá-lo; não para calar o desejo, mas para batizá-lo.


Hermes Trismegisto diria: “Como dentro, assim fora; como acima, assim abaixo.” O que vibra no coração qualifica o que vibra no corpo. Kabbalah ensina que a vida, descendo da Luz, se veste de dez modos (as sefirot). Quando Chesed (amor) e Gevurah (limite) se harmonizam em Tiferet (coração), a energia desce pura a Yesod (fundamento — esfera da vitalidade, da sexualidade) e se manifesta em Malkhut (reino — a vida concreta). Sexualidade sem coração é fragmento; coração sem forma é vapor; coração que governa a forma é sacramento.


Lao Tsé nos dá a nuance do caminho: a água, humilde, penetra sem ferir e modela sem violência. Assim deve ser o amor: manso e forte, sem pressa, sem dureza. Sócrates lembra: vida não examinada não floresce. Exame aqui não é culpa; é verdade amorosa.


O oráculo é cirúrgico: “procurai compreender e elevar a consciência da pessoa para um ideal.” Antes de corrigir, compreender; antes de acusar, elevar; antes de impor, propor um ideal. Yeshua fez assim com todos: viu, tocou, endereçou o coração, convidou ao alto e deu passos práticos. À mulher samaritana, que buscava água e afetos, não lança pedras: conversa com a sede, acende a fonte interior, orienta a adoração “em espírito e em verdade” e restaura a pessoa para a cidade.


Zaratustra oferece o tripé que discrimina o amor do capricho: bons pensamentos, boas palavras, boas ações. Se nossa sexualidade produz estes três — lucidez, comunicação honesta, frutos de justiça e cuidado — estamos no Asha (a ordem verdadeira). Se produz confusão, mentira e ferida, carece de elevação.


Sidarta Gautama ajuda a destravar o nó: o desejo não é inimigo; o apego cego é que aprisiona. Atenção Correta dissolve fantasias compulsivas e clareia o coração. Quando dizemos “autocontrole”, não falamos de castração; falamos de senhorio: a pessoa sabe o que sente, discernindo se a ação eleva ou rebaixa a dignidade do eu e do outro.


Evangelho nos dá o mapa: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” Limpar o coração é ordenar o olhar. Krishna (Gita) ensina: oferece-Me teus atos; age com perícia e desapego; guarda-Me no coração — e Eu purificarei tua obra. A escada para sublimar o impulso passa por cinco degraus:


1. Consciência (eu reconheço a energia quando surge, sem culpa e sem autopermissão cega);

2. Nomeação no Nome (em silêncio: EU SOU a luz que governa este fogo);

3. Intenção (que esta energia sirva à vida, à fidelidade, ao cuidado, à aliança);

4. Forma (estabeleço limites, ritmo, palavra);

5. Oferta (transformo o encontro num rito de benevolência, respeito, mutualidade e responsabilidade).


Sufismo chamaria isso de adab (delicadeza sagrada): há modo de aproximar-se, de tocar, de falar, de guardar; há hora de conter e hora de ofertar. O Nome (EU SOU) mantém o eixo; o amor fornece calor; o limite dá forma; a verdade impede a sombra.


O oráculo afirma com ousadia e doçura: “O uso correto e puro do sexo… para a criação de um novo SER deve ser puro de tal modo, que a alma ao nascer possa ter um caráter e temperamento harmonioso e amoroso. O pensamento e sentimento dos pais são a atividade modeladora do princípio de vida.” Recebe isto sem superstição e sem ingenuidade: o clima espiritual e afetivo dos pais imprime trilhas sutis na jornada do filho. Salmo 22: “Tu me fizeste confiar desde o seio de minha mãe.” Salmo 139: “Tu me teceste no ventre.” Há um berço de sentido que antecede a palavra.


Kabbalah diria que o lar se torna uma menorá acesa: Chesed (ternura), Gevurah (limites coerentes), Tiferet (beleza ética), Netzach (constância), Hod (clareza), Yesod (fidelidade), Malkhut (pão, teto, rotina). O bebê bebe desta luz silenciosa. Evangelhos deixam entrever o cuidado de Miriam (Maria) e Yosef (José) — casa de paz operante, trabalho honrado, escuta de Deus — como matriz do Nazareno.


Enoque contempla ordens e ciclos; aprendemos com ele que ritmo gera segurança. Para quem se prepara para conceber: rituais simples de paz, oração, música boa, palavra limpa, alimento verdadeiro, sono respeitado, trabalho honesto e perdão constante modelam o campo. Não é determinismo; é boa terra.


“Errônea atividade sexual” pode significar desalinho: uso do outro como objeto, mentira, compulsão, infidelidade, consumo de imagens que profanam, fuga emocional, violência, desrespeito a si mesmo. O remédio não é pedra; é luz. Passos práticos:


1. Interromper o gesto que fere (mesmo que custe);

2. Buscar alguém sábio para confissão e conselho (verdade em voz alta cura);

3. Restituir o que for possível (pedir perdão, reparar danos);

4. Instituir rotinas de corpo-mente-espírito (sono, exercício, estudo da Palavra, oração, serviço);

5. Redefinir acordos no casal (palavra, ritmo, consentimento, ternura, veracidade, propósito).


Tiago recorda: “Confessai-vos uns aos outros e orai… para serdes curados.” Zaratustra: bom pensamento (clareza), boa palavra (verdade), boa ação (reparação). Lao Tsé: não forçar o rio — constância é melhor que heroísmo de um dia. Krishna: se caíres, volta e oferece novamente.


Na alquimia, o fogo não é inimigo: é agente de transformação. O eros é fogo; sem governo, queima; sob governo, cozinha o Pão da Vida. O caminho do discípulo é transmutar:


* Nigredo (ver a sombra sem fantasia nem autoengano): “Aqui há carência, medo, orgulho, carícia desordenada.”

* Albedo (lavar no Nome, perdoar-se, perdoar): “EU SOU a limpeza deste olhar.”

* Citrinitas (clarear propósitos): “Meu corpo serve ao amor que gera vida, fidelidade, alegria.”

* Rubedo (encarnar hábitos): vigilância amorosa, ternura, diálogo, ritmo; e, quando casado, o leito como altar de bênção, não de barganha.


Hermes: “Separa o sutil do espesso, com grande habilidade.” O sutil é a intenção amorosa; o espesso é o hábito deformado. Separas sem romper a pessoa.


Muitos ferem sem saber porque não foram alfabetizados no amor. Sócrates: educa-te. Gary Chapman apontou linguagens (palavras, tempo, atos, toque, presentes); cabe ao discípulo escutar qual língua o outro fala. No leito, alfabetização é pudor ativo: respeito, consentimento, paciência, não objetificação, cuidado do corpo e da alma. Sufi lembra: adab; cada gesto revela quem governa — o ego, a pressa, a carência, ou o Amor.


A Igreja antiga, gnóstica que não habita em templos mas no coração, honrou três estados: célibes por vocação, casados por aliança, viúvos por estação. Em todos, o princípio é o mesmo: o corpo pertence ao Senhor, e por Ele serve ao bem. Paulo convida ao corpo como templo (não por asco, mas por dignidade). O casamento é pacto de mútua entrega, fidelidade, exclusividade e alegria partilhada; o celibato é pacto de inteireza oferecida a um serviço maior; a viuvez pede tempo de cura e cuidado de si. Em qualquer caminho: verdade, paz e serviço.


“O pensamento e sentimento dos pais modelam.” Salmos nos ensinaram a abencoar com a boca. Pais, vigiem a língua: não amaldiçoem a criança com adjetivos rudes; nomeiem o bem, corrijam o ato sem condenar a pessoa. Na gestação, evitem brigas e violências verbais; usem música boa, oração, silêncio; perdoem rápido; sirvam juntos; sejam honestos no trabalho; façam justiça. O Reino entra pela porta do cotidiano.


Exame diário de 4 linhas:


1. Onde fui luz na minha sexualidade hoje (clareza, cuidado, verdade)?

2. Onde preciso ajustar (pensamento, palavra, gesto)?

3. Qual ato concreto farei amanhã (restituição, diálogo, rotina)?

4. Agradeço por… (reconhecer o bem o fortalece).


Práticas semanais (para solteiros e casais):


* Jejum de imagens que profanam (limpeza da visão);

* Leitura orante (Salmos 51, 103; Provérbios de sabedoria; Evangelhos);

* Serviço (amor que sai de si recalibra o eros);

* Silêncio (15 minutos de EU/SOU ao amanhecer ou crepúsculo);

* Rotina do corpo (sono, água, movimento, alimento verdadeiro).


Feridas de abuso, traição, exposição precoce, vergonha, violência exigem acolhimento clínico e espiritual. Procura terapeutas idôneos e guia espiritual sério. Não caminha sozinho. Mashiach (Cristo) não te culpa pelo que te fizeram; Ele toma contigo a causa, te restitui dignidade e ensina fronteiras. O EU SOU não é atalho mágico; é presença fiel na reconstrução.


O que Deus uniu — corpo, alma, espírito — não separe o medo, a pressa, a mentira, a falta de educação do coração. O leito pode ser templo; o templo, leito do amor divino (onde Deus nos gere para o bem); a praça, extensão: quem ama bem no secreto reparte bem no público; quem fere no secreto vaza ferida no público. Escolhe hoje a bênção. Pede luz. Pratica. Deus assiste.


Agora, toma contigo uma prática breve de decreto e uma oração forte para selar o que foi semeado.


Postura: senta com a coluna ereta; pés no chão; mãos sobre o coração.

Respiração: 9 ciclos, ouvindo a inspiração como EU e a expiração como SOU.


1) Nomeação e consentimento à luz (uma vez, devagar):

“No Nome EU SOU, eu ilumino minha energia criadora. Este fogo me foi dado para amar, servir e dar vida.”


2) Decreto de governo (3x, lenta e sentida):

EU SOU a luz que governa meu desejo.

EU SOU a verdade que purifica meu olhar.

EU SOU o amor que dá forma ao meu toque.

EU SOU a paz que estabelece meu ritmo.


3) Bênção para o futuro (1x):

“Se me for dado gerar vida, EU SOU a suavidade e a ordem deste berço.

Se me for dado amar no pacto, EU SOU a fidelidade alegre deste leito.

Se me for dado caminhar só por um tempo, EU SOU a inteireza luminosa deste corpo.”


4) Ato corroborador (30–60s):

Decide agora um gesto: uma conversa verdadeira; apagar e remover conteúdos que te ferem; agendar apoio; pedir perdão; instituir um rito diário (EU/SOU ao amanhecer).


5) Selo (3x):

“Está feito, está firmado, está selado — no Nome EU SOU.”

Permanece 60–90s no Grande Silêncio.


Altíssimo Pai-Mãe, Fonte da Vida e do Amor,

no Santo Nome EU SOU eu me prostro e me ergo.


Tu sopraste em mim o fôlego que cria e sustém;

entrego-Te hoje minha memória, meu corpo, meu desejo,

para que sejam*altar da Tua bondade e ofício da Tua paz.


No poder de Yeshua Ha’Mashiach,

eu renuncio ao olhar que profana, à palavra que fere,

à pressa que manipula, à mentira que corrói,

ao medo que divide, à culpa que paralisa.


Eu abraço a Tua luz que governa,

o Teu amor que aquieta, a Tua verdade que endireita,

a Tua mansidão que protege, a Tua alegria que fecunda.


Declaro e recebo:

EU SOU a pureza humilde do meu coração;

EU SOU a fidelidade criativa do meu amor;

EU SOU a serenidade que dá forma ao meu fogo;

EU SOU a bênção que prepara berços de paz;

EU SOU aquilo que EU SOU —

para que só Tu resplandeças em mim.


Abençoo os que comigo caminham:

que os casais sejam jardim de justiça e ternura;

que os solteiros encontrem inteireza e serviço;

que os feridos sejam consolados e reconstruídos;

que os que geram vida sejam cercados de música, pão e luz.


Sela, Senhor, minha casa na Tua paz;

Santifica meu leito, minhas palavras, meus hábitos;

Dá-me disciplina suave, coragem mansa,

e faz do meu dia um sacramento de amor.


Assim oro, creio e vivo, agora e sempre:

Amen!



E assistam esse documentário gnóstico:


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